quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Entre baralhos de provérbios, detetives de histórias e doces feitiços

As sugestões apresentadas na 2ª sessão proporcionaram momentos enriquecedores e que até animaram a noite de Natal!
Aproveitando o Livro dos Provérbios de António Mota, foi construído um original baralho de provérbios (bem português, a julgar pelas cores), e realizados jogos diversos cujo objetivo consistia em descobrir ou completar provérbios:

(mais) uma leitura a unir gerações!

"Baralho de Provérbios"

Já Anthony Brown parece ter sido o responsável por um inusitado trabalho de detetive de histórias, que numa das famílias, se materializou num individual de mesa capaz de "abrir o apetite" até aos leitores mais distraídos...


"Pela Floresta"
O segundo volume dos Contos da Mata dos Medos despertou a curiosidade de pequenos e grandes leitores que partiram à descoberta da localização geográfica da Mata que serve de cenário à obra de Álvaro Magalhães, levou a explorar a veia artística através da construção dos habitantes da Mata dos Medos em plasticina, e permitiu a entrada no jogo de inventar palavras ao jeito do autor: 
"se o ouriço pode ouriçar, o coelho poderá coelhar, o Diogo irá diogar e o Fernando ocupar-se-á a fernandar."
E, já agora: 
"um dia extraordinário não tem que vir no calendário"

E uma porta especial parece ter-se aberto com a entrada na Casa dos Feitiços, que os participantes referiram ter apreciado mais do que os próprios filhos.

Partilhamos, a propósito, o registo que uma das mães colocou na sua página de FB a partir da leitura desta obra:

"A CASA DOS FEITIÇOS...
..."Na casa dos avós, cada pequena coisa (...) era um feitiço de encanto e delícia que seduzia irresistivelmente."
Ontem à noite, voltei a ser pequenina (sim, mais pequena ainda😂
...).
Voltei a comer morangos com banana esmagada e açúcar, sentada nas escadas da cozinha dos avós de Goães...
Ontem à noite, voltei a receber uma nota de 5000 escudos para os meus anos, saída do avental da minha avó mas às escondidas do meu avô...
Ontem à noite, voltei a sentar-me à mesa na casa dos avós de Rio Mau e comi um bifinho com batatinhas feitas naquele tacho preto e salada de tomate servida naquela tigelinha de plástico...
Ontem à noite, voltei a ver aquele bolo caseiro coberto de um pano, em cima da mesa, à espera que alguém comesse uma fatia, lá em Ribadal...
Ontem à noite, este livro fez o TEMPO recuar.
Ontem à noite, recordei com lágrimas e sorrisos cada lembrancinha e voltei a partilhá-las com a minha Tribo.
E hoje, pergunto-vos: qual o mais belo Feitiço que guardam da Casa dos vossos Avós?
Podem não querer aqui registá-lo, mas sei que o irão recordar e só por isso, fico feliz 

Para todos, uma doce noite..."

(MJM, 25.1.2017)