quarta-feira, 10 de maio de 2017

ELF 2: Por lugares desconhecidos (sessão 4)

Nesta sessão introduzimos um discurso novo, o diário, revisitamos os provérbios e os contos tradicionais, numa viagem pela Trinta por uma Linha, e encerramos a tetratologia de Álvaro Magalhães.
Leituras rumo ao "desconhecido" conduzirão, certamente, a surpreendentes descobertas! 


segunda-feira, 8 de maio de 2017

Entre génios, figos e feitiços...

A sensibilidade destas famílias vai ficando cada vez mais apurada...
Da partilha da sessão anterior, e ainda a propósito de A Casa dos Feitiços, de João Manuel Ribeiro, o Fernando foi surpreendido pela Maria José por um doce feitiço que o fez recuar à casa dos seus avós...
Mais um momento doce e de pura emoção!


"Quando dos livros brotam feitiços: a surpresa do Fernando"

"O Feitiço do Fernando"

Transportar o Universo das Mil e uma Noites para o Universo Familiar foi fácil... e até surgiram desejos secretos que só serão desvendados daqui por um ano...






Os Contos da Mata dos Medos vão conquistando cada vez mais adeptos, e até os amigos, e os amigos dos amigos se vão tornando fãs de Álvaro Magalhães.
 A morte, um dos grandes temas presentes neste terceiro volume - Um Problema Muito Enorme  - que fez os participantes regressarem aos "temas difíceis da LI" proporcionou, de uma forma bem humorada, interessantes diálogos sobre "os FEITOS de cada um", ou o legado a deixar...

Assim, a Diana, uma das pequenas leitoras, seria conhecida como "A Bailarina que fez dez piruetas seguidas" (...)
Já a Maria José, uma das grandes leitoras, ficaria conhecida pela "Maria José que tinha ideias rápidas e surpreendentes". (...)

O mesmo autor, através da obra Poesia-me, conseguiu avivar (mais ainda) o gosto por este género literário... os poemas preferidos recaíram sobre a temática do AMOR, e cruzaram-se com outros textos: "O amor é fogo que arde sem se ver" de Luís de Camões, "Cinderela", imortalizada por Carlos Paião, "O amor é assim", "Love is in the air"...

A Sofia, uma grande leitora, romântica assumida, ficou fascinada com o poema que abre a obra, e que não resistimos a partilhar:

"Poesia-me

Abre-me e lê-me
Devagar e também furiosamente.
Como quem ama.
Em troca, poesio-te.

O que é isso?
Ficas em modo poético, digamos assim.
A partir daí, não respondo por mim.
Já caçaste uma alegria em pleno voo?
Oh, sim, tem que se lhe diga.
Já saboreaste um pedacinho de azul
ou ouviste bater o coração de uma formiga?
Sabes quantos grão de tudo
há num grão de nada?
Já viste um pezinho de erva a crescer?
Já te aconteceu coincidires com o mundo,
perfeitamente, sem estares a contar?
Pois tudo isso, e mais, pode acontecer
se te poesiar.

Oh, sim, poesia-me
enquanto é tempo e o tempo não vem,
Eu abro-te, folheio-te, eu leio.
A escola é prosa, o trabalho é prosa.
Ninguém me disse que a vida era toda em prosa
com uma rosa inacessível no meio.
Dá-me um grão de um grão de vento,
um arco de ouro, um astro mudo,
todas as palavras que uma palavra tem
e poesia-me até ao fim do tempo, de tudo.
Depois também."

(Magalhães, A., 2016: 6-7)





E, tal como havíamos previsto, Os Figos são para quem passa, o último trabalho do Planeta Tangerina, foi uma obra que fez mesmo pingar mel...


recorte de página de portefólio de um dos participantes

Um livro que encerra mensagens tão poderosas, que precisam de ir sendo degustadas...
Alguns dos excertos mais marcantes: