Sugestões de Leitura


(sessão 1)
Literatura e Património Popular
Lengalengas e Trava Línguas




Mais Lengalengas de Luísa Ducla Soares e Sofia Castro



O Livrinho das Lengalengas de José Viale Moutinho e Fedra Santos


No registo que lhe é característico, Viale Moutinho recupera nesta obra um conjunto de "dizeres" da tradição oral.
Ora experimente lá dizer: 
Debaixo daquela sebe seca

está uma pega a papar uma fava seca.

Enquanto a pega papa a fava,

porque é que a fava não papa a pega?



No blogue da ilustradora Fedra Santos é possível conhecer um conjunto de ilustrações desta divertida obra.


O Livro dos Trava-línguas 2 de António Mota e Elsa Fernandes


"Concebido como um jogo, divertido, estimulante e enriquecedor, é um desafio que estimula o prazer de brincar com as palavras e os sons, e o gosto pela leitura. Os Trava-línguas são exercícios que ajudam a treinar a articulação das palavras, trabalham a memorização, a falta de atenção e a dicção em voz alta e sem hesitações. (...) Experimente ler em voz alta: Troque o trinco e traga o troco, traga o troco e troque o trinco, troque o trinco e traga o troco, traga o troco e troque o trinco. (leyaonline).



TRAVA-LÍNGUAS de Dulce Sousa Gonçalves e Madalena Matoso



"Manter o carácter universal e além-fronteiras dos trava-línguas, abrindo as portas à troca de experiências sonoras, é uma das grandes intenções deste livro.
Nele se apresentam um conjunto de trava-línguas nas suas línguas originais – português, espanhol, italiano, francês e inglês – dando-nos a conhecer personagens tão divertidas como a “cabra traga trapos”, o “papa papão” ou os talvez menos soletrados “pauvre petit pêcheur” ou “Paquito que empaca copitas” (Planeta Tangerina).


AQUI pode encontrar mais informação sobre a obra e ainda  propostas de atividades para Pais e Educadores.


Travalengas de José Dias Pires e Catarina Correia Marques


"Trava-Línguas e Lengalengas e outras coisas de rimar que sem nos travar as línguas nos querem desafiar. O que é? É o Travalengas, recentemente editado pela Booksmile, com texto de José Dias Pires e ilustrações de Catarina Correia Marques" (Hipopomatos na Lua).
AQUI encontramos uma análise muito interessante feita pela Hipopomatos.

Over the Hills and Far Away






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Contos Populares Portugueses


 Esta recolha de Adolfo Coelho reúne um conjunto de 75 contos populares portugueses. Um contributo muito válido  na construção do imaginário da cultura popular.




José Viale Moutinho, um nome incontornável no que à recolha e preservação do património popular português diz respeito, apresenta nesta antologia 365 recolhas feitas por todo o país. Contos, lendas, quadras, provérbios, lengalengas, cantigas... compõem este trabalho riquíssimo, que preenche todos os dias do ano

Reescritas



António Torrado e António Mota apresentam nestas coletâneas algumas reescritas de contos tradicionais portugueses.



Alice Vieira

Como complemento à obra A que sabe esta história?, sugerimos estes textos magníficos, (re)escritos por Alice Vieira que nos prometem uma viagem pelo maravilhoso. De salientar a opção da autora em revisitar alguns dos contos menos conhecidos.
Podemos, assim, encontrar em PerraultO Barba Azul; Pele de Burro; A Bela Adormecida, e Riquinho do Penacho. 
Nos Irmãos Grimm, Onde Está o Medo?, Os Sapatos Estragados, São José e as Três Irmãs, Os Doze Corvos, e Onde Estão os Tolos deste Mundo?
Já em relação às escolhas de Andersen, o pai da Literatura Infantil, Alice Vieira apresenta-nos O Pequeno Abeto, O Acendedor, Os Sapatos Vermelhos, A Polegarzinha, O Pião e a Bola.
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Sessão 2

Outras obras de Catarina Sobral



Achimpa e Greve:
 duas obras onde Catarina Sobral é autora e ilustradora.








Obras onde Catarina Sobral ilustra e Javier Sobrino e David Cale escrevem.




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Sessão 3


Outras obras que cruzam o imaginário popular e religioso do Natal




Nesta obra são retomadas personagens do imaginário dos contos populares (sessão 1), que se cruzam com a figura do pai Natal.




A propósito da temática da liberdade, em Portugal:



Outras obras que abordam as questões dos Direitos Humanos e dos Direitos da Criança:


Esta obra, publicada pela  Associação para a Promoção Cultural da Criança integra uma coleção de trabalhos escritos e ilustrados por grandes nomes do panorama da Literatura Infantojuvenil.





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(Sessão 4)


Era uma vez um menino branco chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:
É bom ser branco
porque é branco o açúcar, tão doce,
porque é branco o leite, tão saboroso,
porque é branca a neve, tão linda.
Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos eram amarelos. Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos, dizia:
É bom ser amarelo
porque é amarelo o Sol
e amarelo o girassol
mais a areia da praia.
O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos. Fez-se amigo de um pequeno caçador chamado Lumumba que, como os outros meninos pretos, dizia:
É bom ser preto
como a noite
preto como as azeitonas
preto como as estradas que nos levam para
toda a parte.
O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos.
Escolheu para brincar aos índios um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:
É bom ser vermelho
da cor das fogueiras
da cor das cerejas
e da cor do sangue bem encarnado.
O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Babá, que dizia:
É bom ser castanho
como a terra do chão
os troncos das árvores
é tão bom ser castanho como um chocolate.
Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:
É bom ser branco como o açúcar
amarelo como o Sol
preto como as estradas
vermelho como as fogueiras
castanho da cor do chocolate.
Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.
Luísa Ducla Soares



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Sessão 5

A propósito dos temas difíceis na LIJ, esta tetralogia de Álvaro Magalhães aborda, com o humor e a subtileza característicos do autor, temas delicados como o amor, a vida e a sua fragilidade, o sentido da existência... protagonizados por um conjunto de personagens muito originais. Vale a pena conhecer!



A Criatura Medonha pode ser folheada AQUI


A História de Erika, editada pela Kalandraka é mais uma obra prima sobre a delicada temática do Holocausto.



Sobre esta história, vale a pena conhecer a sinopse da Kalandraka, a descrição do CADEIRÃO VOLTAIRE e ainda a análise do DEUSMELIVRO.


Já a temática do BULLYING encontra eco nesta belíssima narrativa de António Mota, protagonizada por um grilo muito especial que um dia apareceu na horta do tio Manuel Liró...


"Certo dia apareceu na horta do Tio Manuel um grilo verde. Os grilos pretos não gostaram nada e queriam prendê-lo. É que esse grilo, além de verde, assobiava na vez de cricrilar e a imagem dos grilos devia ser defendida a todo o custo. Mas entretanto o Tio Manuel regressou à horta e o rumo da história mudou..." (catalivros)


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Sessão 6

A temática ambiental ocupa hoje na LIJ um lugar de destaque. A pertinência do tema justifica o facto.
A enriquecer as leituras desta sessão, sugerimos:


A Árvore generosa, um clássico norte americano (1964) de Shell Selverstein e uma das mais belas histórias de todos os tempos.

Eis uma bela interpretação deste texto:



Na página da editora, a Bruáa, podemos encontrar algumas sugestões de atividades em torno desta obra: AQUI.

Pela pena e pelo lápis de Leo Lionni, chega-nos a história de um pequeno caracol que descobriu as maravilhas de possuir um casa tão pequena quanto possível: 
A maior casa do mundo.

É possível folhear algumas páginas desta obra AQUI.

E conhecer um pouco mais sobre a mesma AQUI e AQUI


Apenas com recurso à ilustração, Iela Mari tece, neste magnífico trabalho, um verdadeiro hino à Natureza ao longo das quatro estações do ano: A Árvore. 


A propósito deste trabalho, refere Ana Margarida Ramos, no portal da casa da leitura, que "a narrativa, exclusivamente visual, não se restringe só à árvore enquanto personagem que sofre as transformações operadas pelo passar do tempo e das estações. A árvore é também o cenário de ações vividas por outras personagens, como é o caso das aves que nela fazem o ninho ou do mamífero que dela se alimenta. Apresentando um exemplo de um habitat harmónico e equilibrado, o livro faz apelo, implicitamente, a uma atitude ecológica, capaz de promover a existência humana em simbiose com a Natureza".

Esta obra, pela ausência de texto, é propícia à criação de diferentes narrativas, numa espécie de alavanca de criatividade.

Encontramos mais informação sobre este trabalho no Palácio da Lua e no Bicho dos Livros.



No panorama nacional, não poderíamos deixar de fazer referência a esta pérola do Nobel da Literatura, José Saramago, que se "estreou" a escrever para a infância com uma flor: A Maior Flor do Mundo.


A curta metragem que se segue é uma excelente interpretação da obra.




A maior flor do mundo, onde se conta a história de um menino que, cansado de brincar sempre nos mesmos locais da sua aldeia, decide um dia ir mais além, para lá do rio, subindo a encosta. No alto descobre, então, uma flor, murcha, caída e a precisar de ser salva. O menino inicia uma missão de salvamento, fechando as mãos em concha e indo e vindo entre o rio e a encosta para, pingo a pingo, regar a pequena flor. De murcha e caída, a flor passa a grande e colorida, servindo até de sombra para o menino, estafado, adormecer." Continuar a ler em deusmelivro

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Sessão 7

Foi um prazer descobrir a ARTE nas suas mais diversas manifestações.
A enriquecer as sugestões desta sessão, deixamos:

AH!


"No seguimento da estratégia desenvolvida com sucesso em OH!, Josse Goffin continua a explorar o universo do livro de imagens, associando, neste volume, um jogo com a componente artística. Assim, às ilustrações da autora, são adicionadas imagens de obras e arte famosas que, pelo recurso à fotografia, contrastam com o resto da ilustração, promovendo o questionamento e o mistério. Na contracapa, leitores pequenos e grandes encontrarão pistas para a identificação das obras de arte. Mantém-se a sugestão da surpresa, o jogo com as expectativas do leitor e com a sua capacidade de aceitação de formas diferentes de olhar a realidade. Claramente apostado no desenvolvimento da imaginação dos leitores e na sua capacidade de integração da novidade, o livro constitui um desafio para as crianças que com ele contactarem." (Ana Margarida Ramos - Casa da Leitura)


A contracapa desta obra apresenta-se como uma pequena enciclopédia / legenda de todas as obras de arte descobertas ao longo do livro.

Descobrir a Arte

Um livro de arte para saborear em família.
“Toda a gente considera sobre o belo”
Denis Diderot
"Este livro é – desde o início – uma festa para os olhos, um fascinante encontro com 18 obras de arte através de todo o mundo: rolos etíopes, biombos coreanos, máscaras brasileiras, ícones russos…" continuar a ler

Podes ainda folhear algumas páginas deste livro cheio de janelinhas AQUI.


Quadros de uma Exposição


“Gansazul percorre o Museu de São Petersburgo onde contempla, ao ritmo da música de Mussorgsky, os quadros de Hartmann. Estes como que ganham vida, transformando esta visita numa experiência inesquecível, a meio caminho entre a realidade e a fantasia.” (kalandraka)

Da mesma coleção de As Quatro Estações, esta editora está a fazer uma clara aposta na junção de diferentes formas de arte: a pintura e a música combinaram muito bem nesta obra. Podes folhear um bocadinho do livro AQUI.


E de fora não poderíamos deixar algumas das obras que espreitam do famoso e saudoso Senhor Pina que nos foi dado a conhecer por Álvaro Magalhães.

De acordo com o Serviço de Orientação à Leitura, da Casa da Leitura, “Não é difícil perceber os motivos pelos quais a escrita de Manuel António Pina – de preferencial receção infantil, poética, ensaística ou, até mesmo, jornalística – se singulariza. Na verdade, ao contrário do que afirmou um dia, Manuel António Pina faz literatura para crianças – e não só – e gosta de literatura e de crianças, o que acaba por se refletir, com originalidade, muita criatividade e um humor invulgares, naquilo que, há mais de trinta anos, parece dedicar aos mais novos. A dimensão lúdica que dela transparece, profundamente inovadora, testemunha, muitas vezes, um percurso de construção textual alicerçado no tópico do mundo às avessas e/ou do desconcerto do mundo, bem como noutras estratégias de promoção do riso, como o nonsense, o absurdo, a ironia ou o uso inventivo da Língua Portuguesa, e numa lógica sempre surpreendente que é a do jogo de contraditórios.”

Histórias que me contaste tu


O Escaravelho contador de histórias, personagem deliciosa do imaginário de Manuel António Pina, volta a aparecer, não se sabe bem de onde (como sempre), para deixar mais uma mão cheia de contos envoltos num denso nevoeiro onde se confundem as personagens, a ordem cronológica e até as palavras.” (LER É PRECISO)

O País das pessoas de Pernas para o Ar
(ainda agarrado pelas mãos do autor)


"Fazendo uso do humor e do nonsense, o livro reúne quatro histórias divertidas e com múltiplos significados:
- Um país, onde as pessoas vivem de pernas para o ar, que nos é apresentado por um passarinho chamado Fausto.
- A vida de um peixinho vermelho que escrevia um livro que a Sara não sabia ler. 
- Um menino Jesus que não queria ser Deus, pois só queria brincar como as outras crianças. 
- Um bolo que queria ser comido mas que não foi, por causa do pecado da gula."

Esta obra trata-se de uma reedição dos textos que Manuel António Pina (Prémio Camões 2011) escreveu em 1973 e se tornaram um marco na literatura infantil portuguesa. Escrita polémica mas pioneira de um estilo único e ousado no panorama da escrita infantil da época, ainda hoje muito atual. É o que nos diz a TCHARAN 

A propósito do conto que dá título a esta, obra um grupo de alunos da alunos da escola básica e secundária do Levante da Maia produziu um interessante vídeo. Vale a pena espreitá-lo:


No País das pessoas de pernas para o ar (adaptado da obra de MAP)


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Sessão 8

A (re)visitação dos clássicos avivou muitas memórias!
Em jeito de complemento às obras abordadas nesta sessão, sugerimos:

Para fazer companhia à Pipi das Meias Altas, e ao seu espírito aventureiro, este clássico americano (1876) de Mark Twain: As aventuras de Tom Sawyer, em livro,


ou em filme (porque sabe sempre bem ver a adaptação cinematográfica de um clássico), e o Verão é um tempo propício à aventura... 



Para acompanhar o Pinóquio, chamamos a sua contemporânea, Alice no País das Maravilhas, uma obra de Lewis Carrol, que, da Inglaterra partiu para fazer parte do imaginário das crianças de todo o mundo.


Um pequeno trailer da mais recente adaptação ao cinema deste clássico, do realizador Tim Burton:


E, é claro, falar de clássicos sem fazer referência ao Principezinho (1943), de Antoine de Saint Exupery, seria uma enorme falha. Da França para o resto do mundo, uma das obras mais encantadoras e mais lidas de todos os tempos


AQUI é possível aceder à leitura digital, integral, desta obra.

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Já no que diz respeito à poesia, a completar as escolhas constantes de Poetas de Hoje e de Ontem, sugerimos as seguintes coletâneas:


Uma seleção e um excelente prefácio de Alice Vieira, que, de uma forma simples, aproxima o pequeno leitor do conceito de POESIA. Reúne trabalhos de diferentes épocas e autores.


17 poetas selecionados por José António Gomes. A diversidade temática dos textos que integram esta coletânea, de autores contemporâneos, faz com que a poesia sirva a diferença de gostos de pequenos e grandes leitores. 


E como "os últimos são os primeiros", uma referência à GRANDE e saudosa Sophia de Mello Breyner Andresen, que ousou reunir em livro "poemas em língua portuguesa para a infância e juventude". Remando contra a maré, desafiou a crítica, ficando célebre a frase que publicou no posfácio desta obra:

"É possível que muitos considerem este livro difícil. Mas a cultura é feita de exigência. Por isso afastei o infantilismo, o simplismo. 
Uma criança é uma criança, mas não é um pateta" (pg. 185)


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E porque a poesia não para de nos surpreender, cuidado! É que Álvaro Magalhães, autor já nosso conhecido (quase família) acaba de lançar uma obra que é um verdadeiro desafio: Poesia-me.


Entra na onda e deixa que os livros te poesiem e te transformem. 
Boas férias e boas leituras!

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