A sensibilidade destas famílias vai ficando cada vez mais apurada...
Da partilha da sessão anterior, e ainda a propósito de A Casa dos Feitiços, de João Manuel Ribeiro, o Fernando foi surpreendido pela Maria José por um doce feitiço que o fez recuar à casa dos seus avós...
Mais um momento doce e de pura emoção!
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"Quando dos livros brotam feitiços: a surpresa do Fernando" |
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"O Feitiço do Fernando" |
Transportar o Universo das Mil e uma Noites para o Universo Familiar foi fácil... e até surgiram desejos secretos que só serão desvendados daqui por um ano...
Os Contos da Mata dos Medos vão conquistando cada vez mais adeptos, e até os amigos, e os amigos dos amigos se vão tornando fãs de Álvaro Magalhães.
A morte, um dos grandes temas presentes neste terceiro volume - Um Problema Muito Enorme - que fez os participantes regressarem aos "temas difíceis da LI" proporcionou, de uma forma bem humorada, interessantes diálogos sobre "os FEITOS de cada um", ou o legado a deixar...
Assim, a Diana, uma das pequenas leitoras, seria conhecida como "A Bailarina que fez dez piruetas seguidas" (...)
Já a Maria José, uma das grandes leitoras, ficaria conhecida pela "Maria José que tinha ideias rápidas e surpreendentes". (...)
O mesmo autor, através da obra Poesia-me, conseguiu avivar (mais ainda) o gosto por este género literário... os poemas preferidos recaíram sobre a temática do AMOR, e cruzaram-se com outros textos: "O amor é fogo que arde sem se ver" de Luís de Camões, "Cinderela", imortalizada por Carlos Paião, "O amor é assim", "Love is in the air"...
A Sofia, uma grande leitora, romântica assumida, ficou fascinada com o poema que abre a obra, e que não resistimos a partilhar:
"Poesia-me
Abre-me e lê-me
Devagar e também furiosamente.
Como quem ama.
Em troca, poesio-te.
O que é isso?
Ficas em modo poético, digamos assim.
A partir daí, não respondo por mim.
Já caçaste uma alegria em pleno voo?
Oh, sim, tem que se lhe diga.
Já saboreaste um pedacinho de azul
ou ouviste bater o coração de uma formiga?
Sabes quantos grão de tudo
há num grão de nada?
Já viste um pezinho de erva a crescer?
Já te aconteceu coincidires com o mundo,
perfeitamente, sem estares a contar?
Pois tudo isso, e mais, pode acontecer
se te poesiar.
Oh, sim, poesia-me
enquanto é tempo e o tempo não vem,
Eu abro-te, folheio-te, eu leio.
A escola é prosa, o trabalho é prosa.
Ninguém me disse que a vida era toda em prosa
com uma rosa inacessível no meio.
Dá-me um grão de um grão de vento,
um arco de ouro, um astro mudo,
todas as palavras que uma palavra tem
e poesia-me até ao fim do tempo, de tudo.
Depois também."
(Magalhães, A., 2016: 6-7)
E, tal como havíamos previsto, Os Figos são para quem passa, o último trabalho do Planeta Tangerina, foi uma obra que fez mesmo pingar mel...
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recorte de página de portefólio de um dos participantes |
Um livro que encerra mensagens tão poderosas, que precisam de ir sendo degustadas...
Alguns dos excertos mais marcantes: