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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Entre génios, figos e feitiços...

A sensibilidade destas famílias vai ficando cada vez mais apurada...
Da partilha da sessão anterior, e ainda a propósito de A Casa dos Feitiços, de João Manuel Ribeiro, o Fernando foi surpreendido pela Maria José por um doce feitiço que o fez recuar à casa dos seus avós...
Mais um momento doce e de pura emoção!


"Quando dos livros brotam feitiços: a surpresa do Fernando"

"O Feitiço do Fernando"

Transportar o Universo das Mil e uma Noites para o Universo Familiar foi fácil... e até surgiram desejos secretos que só serão desvendados daqui por um ano...






Os Contos da Mata dos Medos vão conquistando cada vez mais adeptos, e até os amigos, e os amigos dos amigos se vão tornando fãs de Álvaro Magalhães.
 A morte, um dos grandes temas presentes neste terceiro volume - Um Problema Muito Enorme  - que fez os participantes regressarem aos "temas difíceis da LI" proporcionou, de uma forma bem humorada, interessantes diálogos sobre "os FEITOS de cada um", ou o legado a deixar...

Assim, a Diana, uma das pequenas leitoras, seria conhecida como "A Bailarina que fez dez piruetas seguidas" (...)
Já a Maria José, uma das grandes leitoras, ficaria conhecida pela "Maria José que tinha ideias rápidas e surpreendentes". (...)

O mesmo autor, através da obra Poesia-me, conseguiu avivar (mais ainda) o gosto por este género literário... os poemas preferidos recaíram sobre a temática do AMOR, e cruzaram-se com outros textos: "O amor é fogo que arde sem se ver" de Luís de Camões, "Cinderela", imortalizada por Carlos Paião, "O amor é assim", "Love is in the air"...

A Sofia, uma grande leitora, romântica assumida, ficou fascinada com o poema que abre a obra, e que não resistimos a partilhar:

"Poesia-me

Abre-me e lê-me
Devagar e também furiosamente.
Como quem ama.
Em troca, poesio-te.

O que é isso?
Ficas em modo poético, digamos assim.
A partir daí, não respondo por mim.
Já caçaste uma alegria em pleno voo?
Oh, sim, tem que se lhe diga.
Já saboreaste um pedacinho de azul
ou ouviste bater o coração de uma formiga?
Sabes quantos grão de tudo
há num grão de nada?
Já viste um pezinho de erva a crescer?
Já te aconteceu coincidires com o mundo,
perfeitamente, sem estares a contar?
Pois tudo isso, e mais, pode acontecer
se te poesiar.

Oh, sim, poesia-me
enquanto é tempo e o tempo não vem,
Eu abro-te, folheio-te, eu leio.
A escola é prosa, o trabalho é prosa.
Ninguém me disse que a vida era toda em prosa
com uma rosa inacessível no meio.
Dá-me um grão de um grão de vento,
um arco de ouro, um astro mudo,
todas as palavras que uma palavra tem
e poesia-me até ao fim do tempo, de tudo.
Depois também."

(Magalhães, A., 2016: 6-7)





E, tal como havíamos previsto, Os Figos são para quem passa, o último trabalho do Planeta Tangerina, foi uma obra que fez mesmo pingar mel...


recorte de página de portefólio de um dos participantes

Um livro que encerra mensagens tão poderosas, que precisam de ir sendo degustadas...
Alguns dos excertos mais marcantes:






quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Entre baralhos de provérbios, detetives de histórias e doces feitiços

As sugestões apresentadas na 2ª sessão proporcionaram momentos enriquecedores e que até animaram a noite de Natal!
Aproveitando o Livro dos Provérbios de António Mota, foi construído um original baralho de provérbios (bem português, a julgar pelas cores), e realizados jogos diversos cujo objetivo consistia em descobrir ou completar provérbios:

(mais) uma leitura a unir gerações!

"Baralho de Provérbios"

Já Anthony Brown parece ter sido o responsável por um inusitado trabalho de detetive de histórias, que numa das famílias, se materializou num individual de mesa capaz de "abrir o apetite" até aos leitores mais distraídos...


"Pela Floresta"
O segundo volume dos Contos da Mata dos Medos despertou a curiosidade de pequenos e grandes leitores que partiram à descoberta da localização geográfica da Mata que serve de cenário à obra de Álvaro Magalhães, levou a explorar a veia artística através da construção dos habitantes da Mata dos Medos em plasticina, e permitiu a entrada no jogo de inventar palavras ao jeito do autor: 
"se o ouriço pode ouriçar, o coelho poderá coelhar, o Diogo irá diogar e o Fernando ocupar-se-á a fernandar."
E, já agora: 
"um dia extraordinário não tem que vir no calendário"

E uma porta especial parece ter-se aberto com a entrada na Casa dos Feitiços, que os participantes referiram ter apreciado mais do que os próprios filhos.

Partilhamos, a propósito, o registo que uma das mães colocou na sua página de FB a partir da leitura desta obra:

"A CASA DOS FEITIÇOS...
..."Na casa dos avós, cada pequena coisa (...) era um feitiço de encanto e delícia que seduzia irresistivelmente."
Ontem à noite, voltei a ser pequenina (sim, mais pequena ainda😂
...).
Voltei a comer morangos com banana esmagada e açúcar, sentada nas escadas da cozinha dos avós de Goães...
Ontem à noite, voltei a receber uma nota de 5000 escudos para os meus anos, saída do avental da minha avó mas às escondidas do meu avô...
Ontem à noite, voltei a sentar-me à mesa na casa dos avós de Rio Mau e comi um bifinho com batatinhas feitas naquele tacho preto e salada de tomate servida naquela tigelinha de plástico...
Ontem à noite, voltei a ver aquele bolo caseiro coberto de um pano, em cima da mesa, à espera que alguém comesse uma fatia, lá em Ribadal...
Ontem à noite, este livro fez o TEMPO recuar.
Ontem à noite, recordei com lágrimas e sorrisos cada lembrancinha e voltei a partilhá-las com a minha Tribo.
E hoje, pergunto-vos: qual o mais belo Feitiço que guardam da Casa dos vossos Avós?
Podem não querer aqui registá-lo, mas sei que o irão recordar e só por isso, fico feliz 

Para todos, uma doce noite..."

(MJM, 25.1.2017)