Foi em ambiente de festa que encerramos esta primeira edição do novo ELF.
Uma experiência que resultou MUITO BEM, e que esperamos continuar.
Um público expectante... |
As famílias participantes apresentaram os seus testemunhos, tendo em alguns casos juntado pequenos trabalhos que simbolizavam a sua experiência, como aconteceu com a Dulce, que, recuperando a ideia dos "Frascos do Tempo", preparou um conjunto de pequenos "Frascos Literários", personalizados de acordo com as obras trabalhadas ao longo do programa e contendo palavras-chave alusivas a cada leitura, que distribuiu aos participantes: um doce momento!
Alguns "Frascos Literários" |
"Palavras-Chave" do Frasco Literário Herberto. |
Seguiu-se a intervenção do Padrinho ELF, o escritor João Manuel Ribeiro, que deliciou os presentes com um conjunto de histórias (de vida e dos livros), desvendando alguns dos segredos da sua escrita, nomeadamente as memórias que se encontram por detrás dos poemas de A Casa dos Feitiços, e também de Meu avô Rei de Coisa Pouca.
Finalmente, o "núcleo duro" ELF apresentou também o seu testemunho na qualidade de pais, e agora neste novo papel de colaboradores na dinamização / replicação do Programa.
A Sofia, o Fernando e a Maria José, saboreando a alegria de partilhar. |
A Maria José Machado, a quem coube a dinamização desta primeira experiência de replicação do projeto, partilhou, em "modo balanço", a seu "Doce Feitiço", que reproduzimos:
Educação
Literária na Família (ELF)
O
doce feitiço das leituras
EB1
de Ponte de Lima
2017/2018
8 mães
8 crianças
8 famílias
9 livros
1 mentor
1 discípulo
E 5 fins de tarde de quinta-feira.
E como foi que iniciamos
esta doce aventura?
Pois bem, foi com a nossa
Professora Lúcia Barros e a sua divertida leitura da Princesa de Aljustrel e a do surpreendente Agora não, Duarte.
Os “dados estavam
lançados” e todas entenderam que a Literatura infantil prometia muitas
surpresas.
Por fim, uma peculiar e
divertida oferta: as nossas mães levaram para casa um FRASCO. Um frasco vazio.
Minto. Vazio, não. Levaram para casa um frasco cheio de TEMPO. Tempo para elas
usarem com os filhos da forma que achassem melhor.
Riram-se: pois já sabiam
que este frasco iria suscitar grande curiosidade lá em casa e que seria certamente
um autêntico sucesso, não faltando 1001 pedido para o abrir.
E nós, curiosas ficamos por
descobrir a forma como esse frasquinho, com um bem tão precioso, iria ser
usado.
{…}
3 sessões se seguiram.
Nove obras de géneros e
temas diferentes foram levadas para casa.
E então, foi aí que o
melhor aconteceu.
As partilhas deram início
e os sorrisos eram já muitos.
A alegria foi contagiante.
As emoções surgiram.
Algumas confissões
também.
Gargalhadas coloridas.
E uma mesma certeza:
estas leituras em família permitiram algo nem sempre fácil de conseguir nos
nossos dias: tempo. Tempo de qualidade com os filhos. Estes, confessaram as
mães, disseram-lhes: «estes livros especiais fazem com que estejas mais tempo comigo».
E mais. Algo mudou. E de
uma forma radical. E até diria definitiva: a forma como passaram a olhar para
os livros. Sei que não será mais a mesma. Um novo Caminho foi descoberto e
diria que ninguém irá querer deixar de o percorrer.
E pronto.
Está tudo dito…ou quase…
pois, na minha opinião, muitos aqui poderiam falar. Pois foram muitas as
partilhas em que os nomes dos avós foram surgindo… das tias e dos tios…das primas
e dos primos.
Em alguns lares, a figura
paterna encontra-se fora, a trabalhar. Mas nem esta distância forçada foi
impedimento para a partilha destes momentos. Via skype, via mensagens…tudo era
válido e nada ficou por contar.
E eu? Que conclusão tiro
desta nova e rica experiência?
Sei que muitas. Mas há
uma que se destaca: a de eu não me ter enganado.
Acreditei e continuo a
acreditar cada vez mais e de forma cada vez mais apaixonada, que os LIVROS e a LEITURA EM FAMÍLIA são do melhor que há.
Os benefícios são
inúmeros e os grandes privilegiados são e serão sempre os nossos filhos.
A todos, muito obrigada.
Obrigada à Professora
Lúcia pela confiança em mim depositada, pois relembro que sou apenas uma mãe
que também ela esteve sentada “do outro lado” durante muitas sessões, e onde
fui caminhando e aprendendo.
Por fim, obrigada a estas
mães e respectivos filhos. Pois fizeram-me sorrir e regressar a casa de coração
cheio.
Para todos, o desejo de
muitas leituras, para assim terem a sorte, um dia, de recordarem doces
Feitiços.
Maria José Machado
Ponte de Lima, Fevereiro
de 2018
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