quinta-feira, 16 de abril de 2020

Leituras Luminosas #Fique em Casa 11

Estamos de regresso com novas sugestões para que #Fiquem em casa e (re)descubram o prazer de ler juntos.
Porque em 2020 também já aconteceram coisas boas, como a chegada de novos livros, e porque há leituras carregadas de luz (para tempos enevoados), e ainda porque a literatura é capaz de nos abrir os olhos do coração, permitindo-nos ver para além do aqui e agora,

Hoje apresentamos Olá, Farol!, uma obra da autora premiada Sophie Blackall, editada em Portugal pela Fábula.



Trata-se de um belíssimo álbum sobre "a constância, a mudança e a passagem do tempo", como podemos ler na contracapa, e que é também uma espécie de elogio à lentidão, e uma homenagem aos faroleiros. Os Hipopomatos na Lua fazem uma bela recensão do livro AQUI, e o Pedro Miguel Silva, do Deus me Livro, também fala da obra AQUI.
No sítio web da editora, é também possível aceder à capa, contracapa e a algumas páginas do miolo: AQUI

dupla página do miolo

Entre o "cuidar da luz" e "escrever no diário do farol", o dia-a-dia do guardião desta casa de luz é feito de pequenas grandes coisas, que vão desde a chegada do navio abastecedor que traz "petróleo e farinha, carne de porco e feijão... e a sua mulher", ao salvamento de marinheiros, até ao nascimento da sua filha, culminando com a partida da família...


dupla página do miolo

O caráter cíclico da vida, o olhar sobre os dias, que se sucedem em ciclos de alegria e de tristeza, de chegada e de partida, de tempestade e de bonança, oferecem ao leitor uma sensação de conforto: não estamos sozinhos no meio do "nosso" mar.


Dupla página do miolo


Em tempos de confinamento, Olá, Farol! pode ser um convite para refletir, conversar e construir memórias afetivas, com a leitura de permeio.
Aqui ficam três ideias:

1. Meu diário, meu farol (ou memórias de uma quarentena)

Todos os dias, o faroleiro escrevia no diário do farol... Aproveitando este mote, convidamos pais e filhos a criar um registo da quarentena. Estes tempos estão, certamente, a permitir-nos fazer coisas diferentes, a contribuir para novas aprendizagens e descobertas, a ensinar-nos a "sobreviver". São lições valiosas que valerá a pena registar. Arranjem um caderno (ou construam um com papel de desperdício), desenhem um farol na capa, personalizem as guardas (inspirem-se na imagem abaixo) e registem... escrevendo, desenhando, colando, aquilo que vos parecer importante no momento. Estarão a construir um documento valioso: já imaginaram os vossos filhos a mostrar este diário aos vossos netos? :) 

Guardas iniciais

Excerto das guardas finais
                                              

2. Profissões que já não há

Hoje já não há faroleiros. Uma profissão, que à semelhança de tantas outras, desapareceu. Que tal uma caça às profissões desaparecidas? Ou em desuso? Podemos construir um pequeno dicionário ilustrado desses ofícios, ou um jogo de adivinhas...

Guardas finais:
 um interessante texto informativo sobre os Faróis e os Faroleiros.


3. Mensagem em garrafa

Vamos brincar com as palavras, elaborar pequenas mensagens poéticas, dedicadas a alguém que já não vemos há algum tempo (ou que vemos todos os dias...), e colocá-las numa garrafa (que podemos pintar inspirados na obra Olá, Farol!). Será um belo presente da quarentena.


Tripla página final

Continuem a partilhar connosco as vossas experiências! Vamos inspirar-nos uns aos outros, através dos livros e da leitura!

#Fiquem em casa e (re)descubram o prazer de ler juntos.

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