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sexta-feira, 27 de março de 2020

As casas que moram em nós #Fique em Casa 8

O momento que atravessamos fez-nos repensar a CASA e o que ela representa, trouxe-lhe novos sentidos... Nunca estivemos tanto tempo em Casa.
Ora, a Literatura para a Infância é pródiga em publicações em torno do conceito e da temática da CASA.
Escolhemos para hoje uma obra com um título inusitado: Onde moram as Casas, um livro da autoria de Carla Maia de Almeida e Alexandre Esgaio.


Trata-se de um trabalho que convida a (re)visitar as casas e as pessoas que nos habitam. E pode ser visto, e ouvido pela voz de Elsa Serra, aqui:



"As pessoas moram nas casas, mas o contrário também é verdade: AS CASAS MORAM NAS PESSOAS." É assim que começa esta história...

Dupla página inicial

1. As Casas que moram em mim

Já tínhamos pensado nisto? Que casas moram em nós? Que casas fazem parte de nós? Podemos conversar sobre o assunto e representar as casas que são importantes para cada elemento da família.

Dupla página - miolo da obra
"Os abraços de algumas pessoas são como grandes salões de festa onde cabe muita gente."




2. Quem fica na sala? 

Vamos aceitar o repto da autora e entrar neste jogo: desenhamos uma casa e dentro de cada divisão escrevemos o nome (ou desenhamos) das pessoas que associamos àquela divisão.


Dupla página - miolo da obra

"A cozinha é o coração da casa..."


3. Um hino à minha cozinha

Ao jeito de Carla Maia de Almeida, vamos associar SABORES aos diferentes momentos do dia (ou da vida). Em alternativa podemos associar receitas a diferentes estados de espírito. Bolo de chocolate para quando... Salada de fruta para os momentos...

Dupla página - miolo da obra
4. Jogo da Glória

Esta dupla página lembra-nos o Jogo da Glória. E se inventássemos um parecido com "segredos" sobre a nossa casa, as suas divisões, ou com as casas que moram em nós?

5. Guardas para guardar as "minhas casas"

Vamos inspirar-nos nas guardas desta obra e construir algo parecido, com a representação das casas que moram em nós (a nossa, as dos nossos famililiares e amigos, a escola... ).

Guardas iniciais

Guardas Finais
Inspirem-se: vão descobrir novos motivos para gostar de estar em casa.
Continuem a partilhar connosco as vossas experiências, e não se esqueçam:

#Fiquem em casa e (re)descubram o prazer de ler juntos

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Literatura Infantil e Representações da Família

Sessão 2

“No seguimento da evolução social das últimas décadas, com evidentes repercussões no universo familiar, a literatura para a infância acompanhou e refletiu as mudanças ocorridas, permitindo refletir sobre o seu relevo e impacto” (Ramos & Boo, 2012: 13).


Nesta sessão propomos uma viagem por três obras de publicação recente que tocam a temática da representação da família na Literatura para a Infância.



Começamos com um passeio ao lado de um avô muito especial, um avô que agora "tem bastante tempo": tempo para ter aulas de alemão e de pilates, tempo para fazer "piqueniques na relva", cultivar o jardim, escrever "ridículas cartas de amor", beber chá, cozinhar, ajudar os "pugs" a atravessar a rua, e ainda ir buscar o neto à escola.
Prémio Internacional Ilustração 2014, esta obra, de Catarina Sobral, aborda não apenas o lugar dos avós, mas também e sobretudo o lugar do tempo, ou do que fazemos com ele. Repensar prioridades e valorizar o importante são reflexões que o leitor é convidado a fazer, enquanto se passeia com "o meu avô" e com outras personagens que lhe vão piscando o olho a partir de uma tela de pintura ou de cinema.



Este álbum de Carla Maia de Almeida e Marta Monteiro  apresenta um conjunto de descrições / reflexões sobre as mais variadas representações da família no século XXI, recorrendo a uma analogia com os deuses da antiga mitologia greco-latina (que encontraremos sob a forma de glossário no final do livro).
A riqueza metafórica e intertextual, aliada a subtis jogos de linguagem perpassados por notas de humor, fazem desta obra um registo riquíssimo ao nível da formação do intertexto leitor.
A ilustração desempenha um importante papel complementar: apetrecha de pormenores culturais, geográficos, e até de vivências do quotidiano, as descrições apresentadas pelo texto verbal.



Grandes obras podem brotar de encontros inesperados. É o que nos conta António Mota neste inusitado dicionário que nasceu de uma viagem de comboio, a pedido de uma menina de 7 anos: “Eu gostava que fizesse um livro só para mim. Um livro que tivesse poucas palavras. Mas que essas palavras me fizessem sonhar. Eu gostava muito de ter um livro em que cada palavra contasse muitas histórias.” E assim nasceu esta obra que, a cada dupla página nos apresenta 3 palavras para cada letra do alfabeto, unidas por uma ilustração única: o resultado final é não apenas um livro para sonhar mas também um sonho de livro.