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quinta-feira, 26 de março de 2020

Os relógios da família #Fique em Casa 7

Conhecemos bem o sucesso que este livro faz em contexto familiar: é um dos ex-libris do programa ELF, que, até à data, tem integrado todas as edições do projeto.


O meu avô constitui um excelente exemplar do que de BOM se faz, hoje, em Portugal, ao nível da Literatura para a Infância. Escrito e ilustrado por Catarina Sobral, valeu-lhe o prémio internacional ilustração 2014 (Bolonha). 
Podemos ouvir (e ver) a leitura deste livro, pela voz da autora: aqui.

Dupla página inicial: apresentação comparativa
do momento do despertar do avô e do Dr. Sebastião
A Luísa diz que prefere o relógio do avô:)
Podemos integrar esta obra na temática das representações da família, e mais concretamente na representação dos avós, nos dias de hoje. Paralelamente, este trabalho de Catarina Sobral levanta questões muito pertinentes sobre o TEMPO e o que fazemos com ele: bem a propósito, portanto. 
Falamos deste livro AQUI, aquando do arranque do programa ELF.

Dupla página do miolo:
apresentação comparativa das ocupações do Avô e do Dr. Sebastião
Recuperamos, como sugestões de exploração em família, as atividades que mais sucesso têm tido por aqui.

1. "O meu avô e eu": como é o nosso tempo?

Podemos refletir e conversar sobre o modo como o nosso avô ocupa o tempo. É parecido com o avô desta história? Ou com o Dr. Sebastião? E os outros membros da família? E agora? O que mudou na ocupação do nosso tempo?

Última página do álbum O meu avô

2. Os relógios da Família

O que fazemos com o nosso tempo? Sugerimos que representem num relógio (aproveitem para fazer uma breve pesquisa de imagem sobre este objeto) a ocupação do tempo de cada elemento da família. Podemos até fazer um plano de ocupação do nosso tempo, depois da quarentena. O que vai mudar? (porque alguma coisa vai mudar, com certeza).

Dupla página do miolo:
apresentação comparativa de um dos momentos do dia do Avô e do Dr. Sebastião.

3. Outros tempos espreitam desta obra

Este livro está cheio de intertextos, vindos, por exemplo, do mundo da pintura e do cinema. Falamos destes intertextos AQUI.

Contracapa
Na contracapa, a autora pisca-nos o olho, comparando os tempos de hoje com os Tempos Modernos de Charlie Chaplin. Talvez a quarentena nos ofereça um bocadinho de tempo para (re)visitarmos esta pérola do cinema:



Para conhecermos o que já foi dito, e feito, a partir deste livro, no âmbito do programa ELF, podemos espreitar AQUI (2018) e AQUI (2019).
Na mais recente edição do projeto, cuja tertúlia de encerramento teve lugar no passado dia 6 de março, a família do Lucas construiu esta bonita peça:


Queremos agradecer a todos quantos têm partilhado connosco os seus trabalhos! Têm sido muito generosos: obrigada. Vamos continuar a inspirar-nos uns aos outros.

#Fiquem em casa e (re)descubram o prazer de ler juntos.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Quando as personagens dos livros ficam a morar em nossas casas

Os companheiros de aventura, ao longo da última semana, nas casas ELF de Trovela, passaram a ser "A Pita Pinta", que deu origem a uma bela melodia ao jeito de Frozen, a "Mara", que, transformada numa bela boneca, passará a viver em casa da família Corvas, um avô dedicado (parecido com alguns dos avôs das crianças), o apressado senhor Sebastião (que foi comparado a algumas mães 😊), entre outros populares habitantes do livro O Som das Lengalengas, como "os sete irmãos" ou "a criada lá de cima".

A Mara ficará a morar no quarto da Juliana eternizando a passagem da família
pelo Programa ELF

No TOP das preferências das crianças está Orelhas de Borboleta, e a carismática Mara, que pinta o mundo de mil cores com as suas inusitadas respostas aos comentários trocistas dos colegas.
A mamã Marília aproveitou e escreveu, juntamente com o Duarte, um interessante texto ao jeito de Luísa Aguilar: Força de Leão.

A mamã Susana, porque não quer separar-se da Mara, deu corpo à personagem construindo uma belíssima boneca que ficará a morar no quarto da Juliana, qual confidente de pequenos segredos ou comentários menos oportunos (imagem acima).

Já a mamã Lurdes partilhou o encanto que quer a Inês, quer a Camila, experimentaram com a leitura da obra: a Camila aproveitou para criar um interessante quadro onde procurou ilustrar as diferentes respostas da Mara aos comentários dos seus colegas.

Respostas da Mara ilustradas pela Camila

O meu avô, de Catarina Sobral, parece ter gerado uma pertinente reflexão sobre a ocupação do tempo lá por casa… Se o João Pedro achou que tinha um avô muito parecido com o da obra, já a Inês referiu que o Dr. Sebastião lhe lembrava a mãe… 😉 Hora de refletir!...



Já o Som das Lengalengas foi alvo de leituras bem engraçadas: devagar, depressa, a rir, a soluçar e… imaginem: até a cantar! É verdade. E nós tivemos o prazer de ouvir a Susana (porque treinou toda a semana) a cantar "Eu tenho uma Pita Pinta" com a melodia de Let it be. Confidenciou-nos a mãe que a sugestão da filha a deixou um pouco baralhada, pois um som tão doce e melódico parecia ter pouco a ver com as “tripas e as patas” de que fala a lengalenga… as experiências de leitura em família não param de nos surpreender! :D 
Em casa da mamã Marinha, os sete irmãos foram um verdadeiro êxito: o João Pedro, segundo relatou a mãe, descobriu o que era “a marreca” graças às ilustrações, pois depois de associar cada irmão à sua “maleita” (conhecida), sobrava o corcunda!! 😊😊😊




Finda a partilha, é hora de recarregar os “frascos do (com) tempo”. A este propósito, e pedindo um bocadinho de tempo à mãe, a Inês personalizou um quantos-queres com corações coloridos aos quais atribuiu significados especiais.


Depois de tão generosa partilha, estamos, naturalmente, ansiosos pelos resultados do novo kit de leituras...


Até já!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

ELF: O doce Feitiço das Leituras (sessão 1)

A aventura começou!
Todos somos habitantes desta doce Casa dos Feitiços, que é a Leitura em Família.
A sessão começou com a partilha do belo texto que a Maria José havia escrito precisamente há uma ano e que reproduzimos AQUI.

Decidimos colocar a obra de João Manuel Ribeiro, o nosso padrinho, a circular pelos lares destes novos pais ELF.



Depois da partilha deste "belo feitiço", era chegada a hora de abrir os frascos do tempo e partilhar o seu novo conteúdo.


Este pequeno objeto especial terá gerado, segundo os pais, grande curiosidade e pedido de uso por parte das crianças!!

E a utilidade foi variada: desde leituras em conjunto, tardes na cozinha a fazer biscoitos, passeios de bicicleta e até idas à neve, tudo foi possível graças à magia do "frasco do tempo". 
A primeira conquista está feita: TEMPO!

E é chegada a hora de conhecer o primeiro kit de livros para ler ao longo da próxima semana, assim como algumas estratégias para tirar mais partido da leitura.



sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Literatura Infantil e Representações da Família

Sessão 2

“No seguimento da evolução social das últimas décadas, com evidentes repercussões no universo familiar, a literatura para a infância acompanhou e refletiu as mudanças ocorridas, permitindo refletir sobre o seu relevo e impacto” (Ramos & Boo, 2012: 13).


Nesta sessão propomos uma viagem por três obras de publicação recente que tocam a temática da representação da família na Literatura para a Infância.



Começamos com um passeio ao lado de um avô muito especial, um avô que agora "tem bastante tempo": tempo para ter aulas de alemão e de pilates, tempo para fazer "piqueniques na relva", cultivar o jardim, escrever "ridículas cartas de amor", beber chá, cozinhar, ajudar os "pugs" a atravessar a rua, e ainda ir buscar o neto à escola.
Prémio Internacional Ilustração 2014, esta obra, de Catarina Sobral, aborda não apenas o lugar dos avós, mas também e sobretudo o lugar do tempo, ou do que fazemos com ele. Repensar prioridades e valorizar o importante são reflexões que o leitor é convidado a fazer, enquanto se passeia com "o meu avô" e com outras personagens que lhe vão piscando o olho a partir de uma tela de pintura ou de cinema.



Este álbum de Carla Maia de Almeida e Marta Monteiro  apresenta um conjunto de descrições / reflexões sobre as mais variadas representações da família no século XXI, recorrendo a uma analogia com os deuses da antiga mitologia greco-latina (que encontraremos sob a forma de glossário no final do livro).
A riqueza metafórica e intertextual, aliada a subtis jogos de linguagem perpassados por notas de humor, fazem desta obra um registo riquíssimo ao nível da formação do intertexto leitor.
A ilustração desempenha um importante papel complementar: apetrecha de pormenores culturais, geográficos, e até de vivências do quotidiano, as descrições apresentadas pelo texto verbal.



Grandes obras podem brotar de encontros inesperados. É o que nos conta António Mota neste inusitado dicionário que nasceu de uma viagem de comboio, a pedido de uma menina de 7 anos: “Eu gostava que fizesse um livro só para mim. Um livro que tivesse poucas palavras. Mas que essas palavras me fizessem sonhar. Eu gostava muito de ter um livro em que cada palavra contasse muitas histórias.” E assim nasceu esta obra que, a cada dupla página nos apresenta 3 palavras para cada letra do alfabeto, unidas por uma ilustração única: o resultado final é não apenas um livro para sonhar mas também um sonho de livro.