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sábado, 12 de dezembro de 2020

Calendário de Leituras de Advento | Dia 12

À nossa janela de hoje estão os Desejos de Natal, uma obra de Luísa Ducla Soares, ilustrada por Ricardo Rodrigues, que reúne três contos de Natal. A autora, que já marcou presença no nosso calendário, na janela 5, faz transparecer nos seus textos uma enorme sensibilidade para questões tão delicadas como as desigualdades sociais, a pobreza, a violência, num constante convite a um olhar sobre o Outro. Trata-se, sem dúvida, de um dos nomes maiores no que ao tratamento das questões da Alteridade na Literatura Infantil, em Portugal, diz respeito.

Protagonizados por crianças de origens diferentes, a viver no nosso país, os três textos aqui apresentados dão a conhecer as vidas difíceis que marcam muitas infâncias. 

Escolhemos o conto "A Carta para o Pai Natal", que conta a história do Zeca, um menino que vive numa barraca, e que não sabia se havia ou não de acreditar no Pai Natal. Começa assim:


(Da realidade apresentada neste excerto ecoa a voz de Maria Isabel César Anjo, que no seu livrinho O Inverno é o tempo já velho, refere que "O Inverno é o tempo do Natal do Menino Jesus e dos presentes para os meninos ricos".)

O Zeca, contudo, porque é uma criança e carrega sonhos, não perde a esperança e, à semelhança dos colegas da escola, decide também ele escrever ao Pai Natal (imagem abaixo).


Mas parece que o Pai Natal continua distraído, pois os pedidos do Zeca, por pequenos que sejam, não são atendidos... mas ele não desiste, e escreve-lhe uma terceira vez (imagem abaixo).


E o Zeca acordou esperançoso, mas...

 "Mas o presente? Nada!

Furioso, o Zeca saiu de casa. Tinha de espairecer. Apetecia-lhe correr até gastar toda a raiva que sentia. Desceu do morro até à rua em frente do centro comercial.

Quem havia ele de encontrar então? Calculem só... O Pai Natal!"

E é neste momento que Zeca decide pedir esclarecimentos sobre o facto de nunca receber presentes, e que decide também acusar o Pai Natal de só ligar a quem tem dinheiro. E é também neste momento que, surpreendentemente, o Pai Natal decide oferecer ao Zeca algo que nunca tinha oferecido a ninguém.

"- Tempo! - explicou ele. Nunca passei a noite de Natal com uma criança e hoje vou passá-la contigo.

Desde que os pais tinham morrido, Zeca ficava sempre de noite sozinho. E grande parte do dia, também. O tio tratava dele como podia mas tinha de trabalhar, saía com os amigos, com as namoradas."


E o Zeca, depois de aconchegado com "uma sandes de carne assada, uma grande fatia de bolo rei e uma chávena de chocolate quente" (ceia que estava a ser distribuída na Avenida, por duas carrinhas) recebe o melhor presente de Natal: a companhia do próprio Pai Natal que lhe conta a sua história, desde o tempo em que se chamava Nicolau (é que desde a morte dos pais, nunca mais ninguém tinha contado histórias ao Zeca).

E é também nessa noite que Zeca decide o que quer ser quando for grande...



Neste livro podemos encontrar ainda os contos "O Carro Vermelho" e "Na Cova da Moura" (imagem acima).

E, para além da leitura, o que sugerimos?

1. Dar uma volta aos brinquedos (ou à roupa) e separar um para oferecer a quem mais precisa. Terás, certamente, algum brinquedo que te deram quando eras mais pequenino e que agora não uses tanto, que podes oferecer. Nesta época há várias campanhas solidárias que podemos apoiar.

2. Chocolate quente (que delícia!). Experimenta uma receita de chocolate quente (pode ser alguma que uses ou podes procurar uma nova). Serve-o em canecas bonitas e saboreia-o, com a tua família, junto à árvore de Natal, ou junto à lareira. (Partilha connosco a tua caneca de chocolate quente, enviando-nos uma fotografia. Também gostamos de conhecer receitas novas! Ah! Dica extra: para acompanhar o chocolate, podes experimentar as bolachinhas da Juliana).

Boas leituras e até ao dia 13!




sábado, 20 de junho de 2020

Representações do Verão na Literatura para a Infância

"O verão é o tempo grande", quem o diz é Maria Isabel César Anjo, no título do pequeno volume dedicado a esta estação do ano. Concordamos: verão pede vagar, pede um olhar demorado sobre a beleza que nos rodeia, pede mergulhos no verde dos campos, das montanhas, das florestas, dos rios e regatos... e pede livros! 



Fomos em busca do verão num conjunto de obras de potencial receção leitora infantil e encontrámo-lo em registos de diferentes épocas: descobrimos que as representações do verão de Aquilino Ribeiro, por exemplo, encontram eco nas de António Mota, e que o verão cantado por Eugénio de Andrade parece ser retomado por Manuela Leitão e Catarina Correia Marques... e descobrimos também que há na literatura mensagens que são hinos à natureza, que nos podem ajudar a restabelecer o tão necessário equilíbrio que nasce do conhecimento e respeito pelos seus ciclos, pelas suas estações, pelo seu tempo, e sobretudo pela sua generosidade.


Na literatura para a infância ainda encontramos as Quatro Estações do Ano (cujos limites se vêm tornando cada vez menos nítidos no plano real). Talvez como afirmação, como necessidade de recordar que somos todos habitantes de um mesmo cosmos (que tem as suas leis), talvez como alerta, como indicação de um caminho mais ecocênctrico  (alternativo ao exagerado antropocentrismo que tem vindo a caracterizar a sociedade).


Pormenor do miolo de O verão é o tempo grande

Da enorme sensibilidade que jorra dos quatro pequenos volumes de Maria Isabel César Anjo e Maria Keil (imagens acima) ao diálogo de linguagens que convivem em As Quatro Estações, de José António Abad Varela e Emilio Urberuaga, obra inspirada no trabalho musical de Vivaldi (falamos deste texto AQUI), ao humor e à leve sátira aos tempos modernos, que caracteriza O Zé e as Estações, de Luísa Ducla Soares e Raquel Leitão, até à riqueza sensorial que encontramos em Poemas para as Quatro Estações, de Manuela Leitão e Catarina Correia Marques, são evidentes as preocupações em materializar elementos característicos de cada estação, que contemplam aspetos ligados à fauna, à flora, mas também às ações ou hábitos próprios de cada estação, apresentando-os de forma bem definida e distinta, sem perder de vista a ciclicidade da natureza.

Pormenor da obra O Zé e as Estações, onde é possível verificar a presença de informação relativa ao tempo, à fauna, à flora e também aos hábitos (férias, gelados...)
Por vezes este trabalho é feito de modo implícito (mas eficaz), pela mão do ilustrador, que ao cenário e à ação da narrativa vai acrescentando informação sobre o passar do tempo, através da caracterização da paisagem. É o caso de uma interessante adaptação do conto popular inglês A Galinha Ruiva, de Pilar Martinez e Marco Somà, como podemos ver nas imagens abaixo. 





As obras que versam explicitamente sobre as estações do ano não se limitam, todavia, à apresentação do lado mais agradável de cada estação. Por exemplo, em As quatro Estações, de José Antonio Abad Varela e Emilio Urberuaga, o verão faz-se acompanhar de uma típica "tempestade de verão": 

Pormenor da obra As quatro Estações: excerto que acompanha a composição de Vivaldi "Trovoada de Verão"

As típicas tempestades de verão já marcavam presença na obra de Aquilino Ribeiro destinada à infância. No seu célebre conto Mestre Grilo cantava e a Giganta dormia (Arca de Noé III Classe), a tempestade que acaba por levar a abóbora rio abaixo até ao moinho, deixando o Sr. José Barnabé Pé de Jacaré consternado é um dos elementos do enredo que completa todo o cenário de verão em que decorre a história, e que concorre para o seu divertido desfecho:
"- José Barnabé?
- Ué?!!
- Seria aquele papa-moscas ou o eco? E deitou a correr. Foi encontrá-lo à beira do rio, de olhos fitos na corrente, como se estivesse à espera de um bacalhau.
- Mulher - exclamou - lá se foi a aboborinha!
- Ai foi?! Pois se foi, nem telhado nem panelinha!
Em seu desafogo, mestre grilo fazia à boca da lura, para cigarras, ralos, rãs, sapos, a histórias - a sua história - da catástrofe dum dia de verão:
- Cri-cri-cri! Muito me eu ri!!! Ci-cri-cri!..."

Pormenor do texto Mestre Grilo cantava e a Giganta dormia
Já em O dia em que o regato secou, o trabalho de António Mota e Sebastião Peixoto que completa a trilogia protagonizada pelos coelhos Bitó, Fabi e D. Fofa (Onde está a minha mãe, de que falamos AQUI, tem como cenário a primavera, e A casa da janela azul, tem como pano de fundo o inverno), é possível conhecer os hábitos de verão de uma grande diversidade de pequenos seres, como o facto de se refugiarem em tocas para fugir ao calor, e encontrar as representações mais terríveis do verão, como a seca e os incêndios. Neste interessante trabalho, a "tempestade" de verão é claramente apresentada como uma bênção:
"- Chuva de verão, chuva de verão! - gritou a cabra cabrela muito feliz (...)"
Das palavras que encerram este texto parecem, aliás, ecoar as vozes ancestrais ligadas aos rituais e celebrações dos solstícios:
"Quando chegaram à toca, e viram que no lugar do muro havia muita água, juntaram-se aos bichos que ali festejavam, e também dançaram com muita alegria" (imagem abaixo).  

Dupla página final de O dia em que o regato secou

Amoras
"Doces e formosas,
Talvez por serem da família das rosas
Recolho-as sempre no regaço"

Os aromas e os sabores do verão marcam especial presença na poesia. A coletânea Poemas para as quatro Estações dedica ao verão seis poemas, quatro dos quais em torno dos frutos: A que cheira o verão?, Na esplanada, Figo e Amoras, "ensinando" ainda ao leitor Como fazer o melhor castelo de areia, e o caminho para conhecer A menina de Sophia.

Pormenor da obra Poemas para as quatro estações: Na esplanada.
Falamos sobre esta obra AQUI, a propósito da Primavera, onde apresentamos sugestões de atividades.

Este verão sumarento marca também presença na coletânea Conversas com Versos, de Maria Alberta Menéres e Rui Castro, no divertido poema O almoço dos pardais:

Pormenor da coletânea Conversas com Versos
A poesia canta também o calor do verão, numa espécie de convite a abrandar. Quem não se recorda, por exemplo, do célebre poema Verão de Eugénio de Andrade (imagem abaixo), que integra a obra Aquela Nuvem e Outras?  

Pormenor da obra Aquela nuvem e outras: Verão.
Ou d'O Livro de Marianinha, de Aquilino Ribeiro e Maria Keil:

"Da minha varanda, defronte,
na luzerna e trevo da fonte
pastavam novilho e cordeiro,
qual deles mais lambareiro.

A mãe ovelha ficara no bardo
a mãe-vaca puxava ao arado.

Eu via-os comer, saltar, vadiar
enquanto caía um sol de rachar.

Era meio verão
inda a flor do trambolhão,
que anda com a sesta,
e a vagem da giesta
não sentia da estiagem,
a ardente bafagem.

No prado, por esta altura
tudo é vida de doçura."

Para que nada falte ao nosso verão, podemos seguir o conselho dos habitantes da obra de António Mota:

Pormenor da obra O dia em que o regato secou
Ou podemos seguir com Leonoreta de Eugénio de Andrade:

"Canção de Leonoreta

Borboleta, borboleta,
flor do ar
onde vais, que me não levas?
Onde vais tu, Leonoreta?

Vou ao rio, e tenho pressa,
não te ponhas no caminho.
Vou ver o jacarandá
que já deve estar florido.

Leonoreta, Leonoreta
Que me não levas contigo."


Demos, então, as boas vindas ao verão. Celebremos com a ajuda dos livros e das mensagens que a literatura encerra 
(e até a chuva de verão ganhará um novo significado).


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Quando as personagens dos livros ficam a morar em nossas casas

Os companheiros de aventura, ao longo da última semana, nas casas ELF de Trovela, passaram a ser "A Pita Pinta", que deu origem a uma bela melodia ao jeito de Frozen, a "Mara", que, transformada numa bela boneca, passará a viver em casa da família Corvas, um avô dedicado (parecido com alguns dos avôs das crianças), o apressado senhor Sebastião (que foi comparado a algumas mães 😊), entre outros populares habitantes do livro O Som das Lengalengas, como "os sete irmãos" ou "a criada lá de cima".

A Mara ficará a morar no quarto da Juliana eternizando a passagem da família
pelo Programa ELF

No TOP das preferências das crianças está Orelhas de Borboleta, e a carismática Mara, que pinta o mundo de mil cores com as suas inusitadas respostas aos comentários trocistas dos colegas.
A mamã Marília aproveitou e escreveu, juntamente com o Duarte, um interessante texto ao jeito de Luísa Aguilar: Força de Leão.

A mamã Susana, porque não quer separar-se da Mara, deu corpo à personagem construindo uma belíssima boneca que ficará a morar no quarto da Juliana, qual confidente de pequenos segredos ou comentários menos oportunos (imagem acima).

Já a mamã Lurdes partilhou o encanto que quer a Inês, quer a Camila, experimentaram com a leitura da obra: a Camila aproveitou para criar um interessante quadro onde procurou ilustrar as diferentes respostas da Mara aos comentários dos seus colegas.

Respostas da Mara ilustradas pela Camila

O meu avô, de Catarina Sobral, parece ter gerado uma pertinente reflexão sobre a ocupação do tempo lá por casa… Se o João Pedro achou que tinha um avô muito parecido com o da obra, já a Inês referiu que o Dr. Sebastião lhe lembrava a mãe… 😉 Hora de refletir!...



Já o Som das Lengalengas foi alvo de leituras bem engraçadas: devagar, depressa, a rir, a soluçar e… imaginem: até a cantar! É verdade. E nós tivemos o prazer de ouvir a Susana (porque treinou toda a semana) a cantar "Eu tenho uma Pita Pinta" com a melodia de Let it be. Confidenciou-nos a mãe que a sugestão da filha a deixou um pouco baralhada, pois um som tão doce e melódico parecia ter pouco a ver com as “tripas e as patas” de que fala a lengalenga… as experiências de leitura em família não param de nos surpreender! :D 
Em casa da mamã Marinha, os sete irmãos foram um verdadeiro êxito: o João Pedro, segundo relatou a mãe, descobriu o que era “a marreca” graças às ilustrações, pois depois de associar cada irmão à sua “maleita” (conhecida), sobrava o corcunda!! 😊😊😊




Finda a partilha, é hora de recarregar os “frascos do (com) tempo”. A este propósito, e pedindo um bocadinho de tempo à mãe, a Inês personalizou um quantos-queres com corações coloridos aos quais atribuiu significados especiais.


Depois de tão generosa partilha, estamos, naturalmente, ansiosos pelos resultados do novo kit de leituras...


Até já!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

ELF: O doce Feitiço das Leituras (sessão 1)

A aventura começou!
Todos somos habitantes desta doce Casa dos Feitiços, que é a Leitura em Família.
A sessão começou com a partilha do belo texto que a Maria José havia escrito precisamente há uma ano e que reproduzimos AQUI.

Decidimos colocar a obra de João Manuel Ribeiro, o nosso padrinho, a circular pelos lares destes novos pais ELF.



Depois da partilha deste "belo feitiço", era chegada a hora de abrir os frascos do tempo e partilhar o seu novo conteúdo.


Este pequeno objeto especial terá gerado, segundo os pais, grande curiosidade e pedido de uso por parte das crianças!!

E a utilidade foi variada: desde leituras em conjunto, tardes na cozinha a fazer biscoitos, passeios de bicicleta e até idas à neve, tudo foi possível graças à magia do "frasco do tempo". 
A primeira conquista está feita: TEMPO!

E é chegada a hora de conhecer o primeiro kit de livros para ler ao longo da próxima semana, assim como algumas estratégias para tirar mais partido da leitura.



quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Que recomece a aventura: ELF está de volta!

Depois de muita reflexão, alguma organização, mas sobretudo de muita vontade, estamos de volta para continuar a percorrer trilhos literários e a partilhar experiências de leitura e de vida.
Com o ELF 2 pretendemos alargar e aprofundar conhecimentos em torno da literatura para a infância, mantendo a componente de partilha de experiências.
É nosso objetivo que no final do ano letivo que agora se inicia, este grupo de pais esteja capaz de levar a alegria de ler+ em família mais longe, replicando o projeto junto de outras famílias.

Planeamos um conjunto de cinco sessões, que nos permitirão conhecer novos autores, ilustradores e projetos editoriais, estreitar laços com outros já conhecidos, experimentar novas estratégias de abordagem à leitura, tirando partido do enorme potencial que a literatura encerra.

A integrar o primeiro conjunto literário, retomamos temas do Programa de Educação Literária na Família (ELF 1), como o Património Popular, a Temática Ambiental, autores conhecidos, como António Mota, incluindo algumas novidades do panorama nacional e internacional. Damos início, nesta sessão, à leitura da tetralogia Contos da Mata dos Medos de Álvaro Magalhães.

Que (re)comece a aventura!

A temática da interculturalidade fez-se presente
 através destas iguarias acabadas de chegar de Paris,
que tornaram o arranque desta nova fase ELF ainda mais doce.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Literatura Infantil e Património Popular


Sessão 1

Foi ao som das lengalengas que demos início à exploração do potencial temático da literatura infantil.



O contacto com a poesia popular aproxima-nos das origens, favorece a apropriação de um património e herança comuns, e permite a familiarização com a sonoridade das palavras.



Esta recolha de Luísa Ducla Soares, musicada por Daniel Completo e ilustrada por João Vaz de Carvalho  resulta num produto final muito rico e apelativo.







Quem não se recorda do Coelhinho Branquinho que foi à horta buscar couves para fazer um caldinho, e quando chegou encontrou a porta fechada, porque já lá estava a cabra cabrês?
Este conto popular português reescrito na vizinha Espanha por Xosé Ballesteros recria um cenário tipicamente campestre, integra jogos de linguagem carregados de humor e encerra uma lição de vida muito peculiar... As ilustrações completam a obra.





E este primeiro tema não poderia ficar completo sem a mestria que Alice Vieira coloca nas suas reescritas.

Desde o célebre Capuchinho Vermelho que preferia chamar-se "Sandra Vanessa", passando pela Princesa e a Ervilha, cuja preocupação do príncipe é se a princesa "saberá ler?", até à emblemática Carochinha que afinal casa (em segundas núpcias) com um "carocho igualzinho a ela", esta obra está recheada de agradáveis surpresas para alimentar as diferentes fomes dos leitores (é que o Vítor Sobral decidiu acrescentar uma receita culinária a cada história).





E este é o primeiro desafio das famílias participantes: descobrir o património popular, etnográfico e cultural através da literatura para a infância!