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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Calendário de Leituras de Advento | Dia 11

Hoje revisitamos mais um clássico de Natal. Trazemos para a nossa janela 11 o poema do americano Clement Clarke Moore, um texto de 1882, que relata a chegada do Pai Natal.

A edição que escolhemos, A Noite de Natal, é uma tradução e adaptação de José Jorge Letria, autor que abriu o nosso Calendário de Leituras de Advento, com ilustrações da premiadíssima Lisbeth Zwerguer, de quem também já falamos AQUI.


Originalmente escrito com o título The Night Before Christmas: A Visit from St. Nicholas, este texto integra o conjunto de obras literárias para a infância, de cunho natalício, que versa sobre o imaginário ligado à figura do Pai Natal, tal como os livros que espreitaram da janela 3 e da janela 4.

Grande parte da beleza da recriação deste poema reside nas maravilhosas ilustrações, responsáveis, por um lado, pelo "realismo" que conferem a um momento "mágico"; e, por outro, pelo clima de paz e aconchego que sobressai da obra (um pouco contrastante, em nosso entender, com a azáfama que hoje rodeia a figura do Pai Natal).


Os passos da chegada do Pai Natal são pormenorizadamente retratados, como podemos ver na imagem acima, sendo dado especial destaque à figura das renas (imagem abaixo), excerto que é regularmente recuperado por outros autores, como vimos, por exemplo, no livro que apresentamos na janela 8.

A merecer uma descrição bem detalhada encontramos, naturalmente, o Pai Natal, figura central deste texto, a quem não faltam os atributos que hoje tão bem lhe conhecemos: a barba branca, a barriguinha, o sorriso, o casaco vermelho... pois, ao que parece, terá sido este texto a dar origem à lenda e à imagem de Santa Claus.



Podemos aceder à versão integral do texto AQUI.

E, para além da leitura, o que sugerimos?

1. Inspirando-te nas ilustrações de Lisbeth Zwerguer, imagina e representa a chegada do Pai Natal à tua casa: onde "estaciona" o trenó? o que podem "petiscar" as renas?, o que vai encontrar ao descer pela chaminé? Se preferires, podes escrever um pequeno texto, em prosa ou em poesia.

2. Gostarias de saber mais sobre as renas? Encontramos um artigo interessante AQUI. Com a informação que recolheres, podes construir o Bilhete de Identidade deste animal, que, vivendo tão longe, fica tão perto de nós, no Natal.

E, não te esqueças: conta-nos tudo, partilhando connosco as tuas experiências.

Boas leituras, e até ao dia 12!




quarta-feira, 10 de junho de 2020

Ideias para Festejar o dia de Portugal em Família

Hoje, dia de Portugal, trazemos algumas sugestões para enriquecer a comemoração desta data, a partir de um poema de José Jorge Letria, e de algumas experiências levadas a efeito no âmbito do Programa ELF.

Ilustração de Afonso Cruz para o texto Portugal
(O Alfabeto dos Países)
Partimos da obra O Alfabeto dos Países, de José Jorge Letria e Afonso Cruz, que se compõe de um poema para cada país, correspondente a cada letra do alfabeto, e escolhemos a letra P, a que corresponde o texto Portugal.

Texto Portugal
(O Alfabeto dos Países
)

Este texto, à semelhança de todos os que compõem esta coletânea, integra elementos de ordem geográfica, histórica e cultural, habilmente conjugados em forma de poesia, subtilmente pontuada com algumas notas de humor, convertendo o texto em material de reflexão para todas as idades.



Recuperamos, então, algumas das experiências resultantes das estratégias de abordagem propostas no âmbito do Programa ELF, que comprovam como o texto se pode revelar um manancial de conhecimento, e um indutor de experiências afetivas muito significativas.

Mapa das representações de Portugal
(Família Machado Domingues - ELF 2016)
1. Representações de Portugal



Este mapa das representações de Portugal congrega contributos de 50 amigos da família, espalhados pelo mundo, desafiados a responder ao desafio  “Qual a melhor palavra / imagem para simbolizar Portugal?”. Uma experiência que resultou em substanciais ganhos intertextuais, tendo em conta a quantidade e variedade de conhecimento que proporcionou.



Preencheram este retrato / puzzle do nosso país, visto de fora, elementos que se podem associar à música, como a figura de Amália Rodrigues e a guitarra portuguesa, aos monumentos, sobretudo de caráter religioso, ao desporto, à gastronomia, às festividades, ao artesanato, às paisagens, sobretudo do norte (como o Gerês), mas também às memórias de um país que ficou para trás e que deixou saudades. Curiosamente, a significativa expressão do Galo de Barcelos, levou a mãe participante em busca da lenda para contar às filhas. 
Uma ideia a recriar!


Ilustração alternativa para o texto Portugal
(Família Meireles - ELF 2016)
2. Ilustração Alternativa

Afonso Cruz recorreu à representação de um dos momentos / feitos mais emblemáticos da nossa história, os descobrimentos (que é apenas um dos aspetos referidos no poema). O trabalho representado na figura acima constitui uma alternativa à ilustração de Afonso Cruz. Trata-se da recuperação de alguns elementos culturais, lendários e gastronómicos, bem representativos da "portugalidade". 
Uma proposta ao alcance de qualquer família, que resultará num belo portefólio de Portugal.


Guardas da obra Alfabeto dos Países

3. Alfabeto de Portugal


Aproveitando o mote dos autores, e do título, e ajustando-o à efeméride que hoje comemoramos, vamos construir o Alfabeto de Portugal. Podemos escrever, desenhar, recorrer ao recorte e colagem; fazer alfabetos históricos, culturais, gastronómicos, festivos; mais sérios ou mais divertidos... a imaginação é o limite!

dupla página do miolo de O Alfabeto dos Países


4. Pelos caminhos de Portugal ou Um texto para a minha terra

Recuperando a sugestão do próprio autor, que convida o leitor a criar o seu próprio país, sugerimos a criação de um poema "ao jeito de..." sobre a terra de cada família. Será uma oportunidade para ir em busca de curiosidades históricas, culturais, do imaginário popular... e transformar essas descobertas num produto artístico! 

Façam-nos chegar os vossos trabalhos e as vossas descobertas. Partilharemos na nossa página de FB. Vamos inspirar-nos uns aos outros. 

Bom feriado e boas leituras!




quinta-feira, 23 de abril de 2020

E se fosses um livro? #Fique em casa 13

Abril é um mês rico em comemorações... e os livros transportam mensagens para cada efeméride. Ora... o Livro também merece uma data: hoje é o dia internacional do livro.

Para assinalar este dia, propomos um trabalho de José Jorge Letria e André Letria, editado pela Pato Lógico, Se eu fosse um livro, uma obra que já foi traduzida para 14 línguas e já recebeu 5 prémios! Podemos ficar a saber esta e outras curiosidades na página da editora: AQUI


Este maravilhoso livro pode ser visto e ouvido no vídeo abaixo.


Em homenagem a estes amigos especiais, propomos criar ao jeito de José Jorge Letria e André Letria, ou ao nosso jeito.

Se fosses um livro...

- Que segredo gostarias de guardar?
- Que ilustração gostarias de ter na tua capa?

- Que palavras varrias?
- Que palavra temias?
- Que leitor preferias?

- O que gostarias de ouvir dizer sobre ti?
- Onde gostarias de ser lido?


Pormenor do miolo (disponível na página da editora)

Os livros ajudam-nos a compreender e a sentir o poder das palavras. É tal a força da palavra, que,  muitas vezes, a palavra Palavra dá título a textos e a outros livros. Deixamos, como exemplo, um belíssimo poema de Álvaro Magalhães, para ser degustado no aconchego familiar: "O Limpa Palavras".


Álvaro Magalhães in O Brincador
Ficamos à espera das vossas partilhas.
Feliz dia do livro!

Fiquem em casa, em boa companhia, e (re)descubram o prazer de ler juntos.



terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Literatura Infantil e Interculturalidade

Sessão 4

“A literatura infantil e juvenil desempenha um papel fundamental no fomento de uma educação multicultural, na medida em que as mensagens veiculadas nestes textos para as crianças promovem a aquisição de novos saberes, nomeadamente relacionados com distintas culturas, com outras realidades e com novos valores, auxiliando a criança na construção do conhecimento e na compreensão da diversidade do mundo que a rodeia.”
                                                                                                                (Balça, 2006: 235)

 Protagonizado por um pequeno cordeiro, Babaï (que corresponde, em português, à onomatopeia memé), esta obra, aparentemente simples, está cheia de surpresas, qual tapete saído do universo das mil e uma noites. O cenário é composto pelas montanhas do Irão, que remetem para um enorme vazio, representado pela ausência de elementos, quer pictóricos, quer textuais, na composição das páginas iniciais desta narrativa. Um vazio que pode também ser associado à solidão e ao consequente aborrecimento do cordeirinho, representação minimalista que não abandonará  a obra, e que irá alternar com a construção do jardim de Babaï, de cada vez que o leitor é interpelado para tentar adivinhar o elemento que se segue na composição do jardim, sugerindo o espaço em branco necessário à reflexão e ao diálogo com o texto.


Este maravilhoso alfabeto de José Jorge Letria e Afonso Cruz é uma verdadeira volta ao mundo! Cada poema e respetiva ilustração conduzem o leitor numa viagem histórica, cultural e geográfica pelo que de mais emblemático há em cada país apresentado. A complementaridade entre texto verbal e componente pictórica contribui para um resultado rico, não apenas sob o ponto de vista estético, mas também do ponto de vista do potencial temático da lIJ, dos "ganhos colaterais" em termos de enriquecimento do conhecimento enciclopédico do leitor.

O mundo num segundo não é um alfabeto mas percorre, igualmente, 23 locais do planeta. Um álbum fantástico, numa edição de grande formato (a contrastar com a edição anterior), dupla página e ilustração exuberante. Um livro cheio de pormenores geográficos e, simultaneamente, de pistas de reflexão. Independentemente do lugar do globo assinalado ou evocado, as ações e os pensamentos das personagens presentes são muito semelhantes entre si e reconhecíveis por todos. Afinal... parece que o mundo é mesmo pequeno no que respeita às "inquietações" do ser humano.