quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Que recomece a aventura: ELF está de volta!

Depois de muita reflexão, alguma organização, mas sobretudo de muita vontade, estamos de volta para continuar a percorrer trilhos literários e a partilhar experiências de leitura e de vida.
Com o ELF 2 pretendemos alargar e aprofundar conhecimentos em torno da literatura para a infância, mantendo a componente de partilha de experiências.
É nosso objetivo que no final do ano letivo que agora se inicia, este grupo de pais esteja capaz de levar a alegria de ler+ em família mais longe, replicando o projeto junto de outras famílias.

Planeamos um conjunto de cinco sessões, que nos permitirão conhecer novos autores, ilustradores e projetos editoriais, estreitar laços com outros já conhecidos, experimentar novas estratégias de abordagem à leitura, tirando partido do enorme potencial que a literatura encerra.

A integrar o primeiro conjunto literário, retomamos temas do Programa de Educação Literária na Família (ELF 1), como o Património Popular, a Temática Ambiental, autores conhecidos, como António Mota, incluindo algumas novidades do panorama nacional e internacional. Damos início, nesta sessão, à leitura da tetralogia Contos da Mata dos Medos de Álvaro Magalhães.

Que (re)comece a aventura!

A temática da interculturalidade fez-se presente
 através destas iguarias acabadas de chegar de Paris,
que tornaram o arranque desta nova fase ELF ainda mais doce.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Participantes ELF apresentam testemunho público na Tertúlia 10 anos aLER+ em Família com António Mota

A tertúlia literária que abriu as comemorações dos 10 anos aLer+ em Família no Agrupamento de Escolas António Feijó integrou um momento de homenagem aos participantes do Programa ELF onde foram partilhados alguns testemunhos.
Transcrevemos, abaixo, alguns excertos.




"(...) Costumo dizer que caí neste Projeto de pára-quedas.
Tendo faltado à sessão de apresentação, apareci na segunda sabendo apenas que se tratava de "livros"...
Assim começou esta aventura.
Um projeto, o da Educação Literária na Família, coordenado pela Professora Lúcia Barros.
A Professora Dora Lima, professora da turma do segundo ano.
E nós, pais.
E livros. E pistas de leitura para ajudar-nos na abordagem das obras com os nossos filhos.
E a promessa de nos reencontrarmos passado um mês para partilhar a nossa experiência, os nossos trabalhos, as nossas descobertas.
E foi assim durante 9 meses.
Sempre ansiosos pela sessão seguinte e curiosos estavam os nossos filhos por descobrirem quais as aventuras trazidas para casa, na famosa mochila vermelha.
Iniciou-se assim uma longa e enriquecedora viagem.
Foram meses de FARTURA. Fartura sim.
Muitos livros, 25 no total. Milhares de palavras, mensagens lindas transmitidas das mais diversas formas, ilustrações riquíssimas, temas dos mais variados e um leque de autores de deixar orgulhoso qualquer um.
E o que ganhamos com esta experiência? - perguntam vocês... (...)" (MJM)

AQUI pode aceder à versão integral deste testemunho.


“A nossa viagem teve 25 estações e muitos apeadeiros. É verdade. Podemos dizer que percorremos “O mundo num segundo”. Apanhamos “O Autocarro de Rosa Parks”, “O Comboio Descendente” e ainda navegamos nas nossas míticas caravelas. Tudo isto ao lado dos nossos mais nobres poetas e ainda ao som de “Vivaldi” e de muitas Lengalengas e Contos Populares! Fomos caçadores de tesouros únicos, tal como a Pippi, ou mesmo de gluglulisadores, como “O senhor Pina”.
Sim, fomos felizes…
E melhor, fizemos os nossos filhos ainda mais felizes!”
(SM)

"O que me levou a participar foi poder ajudar ainda mais o meu filho através da partilha entre pais e filhos que foi acontecendo ao longo do projeto.

No meu caso permitiu conhecer melhor o Eduardo, sendo uma criança virada para as tecnologias fomos ajustando a forma como íamos realizando os trabalhos, neste caso utilizando mais as tecnologias informáticas. (...)
O sonho comanda a vida, com as palavras escritas nas obras, viajamos, rimos, fizemos trabalhos, conhecemo-nos melhor, e, mais importante, continuamos a sonhar."
(MM)



terça-feira, 25 de outubro de 2016

20 anos RBE: o Programa ELF no filme


O Programa de Educação Literária na Família integra a vertente da Leitura em Família, no filme Boas Práticas RBE, um dos recursos criados no âmbito das comemorações dos 20 anos da Rede de Bibliotecas Escolares.
RBE - 20 anos - Práticas
O Filme



Se esta escolha nos deixa, por um lado, naturalmente, orgulhosos, representa, por outro, uma grande responsabilidade e um grande desafio: continuar este percurso, respeitando as exigências dos padrões de qualidade definidos no Quadro Estratégico para o Desenvolvimento de BibliotecasEscolares  2014/2020.


quinta-feira, 30 de junho de 2016

Programa ELF: uma doce (última) sessão

E chegamos à última partilha deste Programa! E como qualquer comemoração que se preze, encerramos em ambiente de festa e em alegre convívio!
A sentar-se à mesa com os participantes foram convidadas algumas das personagens das obras que compuseram o último conjunto temático...




Inspirada nas obras, uma das mães brindou os presentes com iguarias pensadas pela Pippi, como as suas bolachas cortadas no chão, pelo Pinóquio, como umas coloridas bolachas da terra dos brinquedos, ou ainda por Fernando Pessoa, como um leite creme bem português!

Uma revisitação dos clássicos da literatura a deixar "água na boca" e muita vontade de continuar este caminho...

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Programa ELF (Educação LIterária na Família) vai integrar os 20 anos RBE

O agrupamento de escolas António Feijó foi escolhido para integrar o filme comemorativo dos 20 anos da Rede de Bibliotecas Escolares, na vertente da Leitura em Família.
No passado dia 24 de maio, a equipa da DREN deslocou-se à EB de Ponte de Lima, escola que acolhe, no momento, o programa ELF, para conhecer os bastidores do projeto.


Momento de partilha de experiências de leitura, por parte de alguns participantes,
com base nas obras que deram corpo ao tema "Literatura e Arte"

As 25 obras que compuseram o corpus literário do Programa ELF,
e ainda alguns dos materiais utilizados para abordagem às obras.

Momento da entrevista a duas das pequenas leitoras
 "beneficiárias" do Programa ELF.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Literatura Infantil e (Re)Visitação dos Clássicos

Sessão 8

Nesta sessão que fecha o ciclo temático deste programa de Educação Literária na Família, propomo-nos (re)visitar três obras, que, pelas suas características, já adquiriram o estatuto de clássico: aquele que lemos, relemos, e no qual encontramos sempre algo que ainda não havíamos descoberto: é essa a magia dos clássicos.




A nossa aventura começa na Suécia, com a célebre Pippi das Meias Altas de Astrid Lindgren, ilustrado, nesta edição da booksmile, por Lauren Child. Um clássico que conheceu a sua primeira edição em 1945, e que ao longo de décadas tem acompanhado o crescimento de várias gerações. 
O que terá para contar de novo a nossa revolucionária Pippi, a esta geração de nativos digitais? Será que a Vila Arco-Íris vai continuar com o mesmo encanto? Será que vamos encontrar "caçadores de tesouros" nas escolas da vida que a Pipi tem para nos dar a conhecer? Tendo em conta que um clássico nunca se esgota, temos a certeza que a Pippi ainda vai dar muito que falar...


E da Suécia para a Itália, (re)visitamos as maravilhosas Aventuras de Pinóquio de Carlo Colllodi, que datam já do século XIX, mas que nunca perderam atualidade. A minúcia das ilustrações de Roberto Innocenti fazem desta obra um manancial de descobertas sobre o contexto geográfico, cultural e social da época. 
Acompanhados de personagens com as quais já estamos, de algum modo, familiarizados, como o grilo falante, a raposa ou o gato, esta edição vai dar-nos a conhecer outras peripécias e personagens que em muito contribuirão para alargar o conhecimento do célebre boneco a quem crescia o nariz (mas que afinal era só de vez em quando)...


E fora dos Clássicos não poderíamos deixar a poesia, a nossa poesia. Foi com poesia que iniciamos e é com poesia que terminamos. Desta vez, numa viagem mais completa, mais rica que nos ligará à História e às histórias dos muitos nomes que povoam esta excelente coletânea que atravessa sete séculos! 

sábado, 30 de abril de 2016

Literatura Infantil e Arte

Sessão 7

Nesta sessão somos convidados a cruzar a Literatura para a Infância com outras formas de Arte (e até consigo mesma): escolhemos a Pintura, a Música e a própria Literatura. 


Este álbum sem texto, que se abre em tripla página a cada virar de página, além de abrir as portas para o questionamento artístico, onde "nem tudo o que parece é", oferece ainda  um conjunto de possibilidades de leitura, que ora começam pelo princípio, ora pelo fim, ora se aproximam, ora se afastam, num interessante jogo com o pequeno (ou o grande) leitor, que fará, através do elemento surpresa, justiça ao título do livro.




 No panorama musical, a nossa escolha recaiu sobre Vivaldi, cujo concerto "As quatro Estações" esteve na origem desta narrativa de José António Abad Varela, ilustrada por Emilio Urberuaga. Um pequeno esquilo acompanhará todo o ciclo, dando a conhecer ao leitor as "ofertas" que a Mãe natureza reserva para cada um, ao longo das quatro estações.
Um trabalho que faz a ligação perfeita com a temática anterior.




Quando um grande nome da Literatura Infantojuvenil decide escrever sobre outro grande nome da mesma arte, o trabalho é uma verdadeira OBRA de ARTE. É o que acontece em O Senhor Pina, uma magnífica homenagem ao escritor Manuel António Pina, pela pena de Álvaro Magalhães. O autor consegue, com a mestria que lhe é característica, pegar nos temas recorrentes da obra de MAP, juntar-lhe episódios da sua vida pessoal / social (autênticas "imagens de marca" do autor homenageado) e apresentar um trabalho riquíssimo, repleto de notas de humor, que resulta, por um lado, num convite a (re)descobrir a obra de MAP, e por outro, a (re)descobrir a literatura enquanto forma de ARTE: vamos gluglulisar? 

quarta-feira, 23 de março de 2016

Literatura Infantil e Ambiente

Sessão 6


“(...) um indivíduo possuidor de ecoliteracia é capaz de se relacionar com o ecossistema de forma harmoniosa ou, se quisermos usar um termo do discurso ecológico, “sustentável”: respeitador das outras existências para além da sua, numa perspetiva de longo prazo, procurando compreender de forma tão abrangente quanto possível (ou de forma tão ecológica quanto possível) os elementos do mundo com os quais interage, assumindo plena responsabilidade de suas atitudes e ações.

(Ramos & Ramos, 2013: 17)





terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Literatura Infantil e Temas Difíceis


Sessão 5

A Literatura Infantil contemporânea abre-se, hoje, a “todas as visões do mundo, mesmo as tradicionalmente consideradas apoéticas”, propondo novas abordagens e “leituras alternativas à maniqueísta organização do mundo dos textos tradicionais, dando voz a conflitos interiores, às inquietudes do indivíduo, à questionação, à fragilidade da existência, num caleidoscópio cada vez mais multifacetado e multicolor”. 
(Ramos, A.M., 2012)

É neste trilho que o programa em curso propõe a abordagem deste conjunto de quatro textos de potencial receção infantil que encerram em si questões tão delicadas quanto pertinentes: a guerra, o "bullying" e a morte, que, cremos, encontrarão eco e terreno fértil, nas experiências de leitura em família.





terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Literatura Infantil e Interculturalidade

Sessão 4

“A literatura infantil e juvenil desempenha um papel fundamental no fomento de uma educação multicultural, na medida em que as mensagens veiculadas nestes textos para as crianças promovem a aquisição de novos saberes, nomeadamente relacionados com distintas culturas, com outras realidades e com novos valores, auxiliando a criança na construção do conhecimento e na compreensão da diversidade do mundo que a rodeia.”
                                                                                                                (Balça, 2006: 235)

 Protagonizado por um pequeno cordeiro, Babaï (que corresponde, em português, à onomatopeia memé), esta obra, aparentemente simples, está cheia de surpresas, qual tapete saído do universo das mil e uma noites. O cenário é composto pelas montanhas do Irão, que remetem para um enorme vazio, representado pela ausência de elementos, quer pictóricos, quer textuais, na composição das páginas iniciais desta narrativa. Um vazio que pode também ser associado à solidão e ao consequente aborrecimento do cordeirinho, representação minimalista que não abandonará  a obra, e que irá alternar com a construção do jardim de Babaï, de cada vez que o leitor é interpelado para tentar adivinhar o elemento que se segue na composição do jardim, sugerindo o espaço em branco necessário à reflexão e ao diálogo com o texto.


Este maravilhoso alfabeto de José Jorge Letria e Afonso Cruz é uma verdadeira volta ao mundo! Cada poema e respetiva ilustração conduzem o leitor numa viagem histórica, cultural e geográfica pelo que de mais emblemático há em cada país apresentado. A complementaridade entre texto verbal e componente pictórica contribui para um resultado rico, não apenas sob o ponto de vista estético, mas também do ponto de vista do potencial temático da lIJ, dos "ganhos colaterais" em termos de enriquecimento do conhecimento enciclopédico do leitor.

O mundo num segundo não é um alfabeto mas percorre, igualmente, 23 locais do planeta. Um álbum fantástico, numa edição de grande formato (a contrastar com a edição anterior), dupla página e ilustração exuberante. Um livro cheio de pormenores geográficos e, simultaneamente, de pistas de reflexão. Independentemente do lugar do globo assinalado ou evocado, as ações e os pensamentos das personagens presentes são muito semelhantes entre si e reconhecíveis por todos. Afinal... parece que o mundo é mesmo pequeno no que respeita às "inquietações" do ser humano.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Literatura Infantil e História / Efemérides

Sessão 3

"Ler. Ler para (re)viver, construir memória, convertê-la em herança e em pilar de cidadania ativa. Esse é um dos desígnios da escrita. E da Literatura para a Infância e Juventude." (Gomes, 2009: 13)


      Nesta sessão procuramos associar a literatura para a infância às Efemérides (neste caso, ao Natal), e à História: como estamos no mês dos direitos humanos, a nossa escolha recaiu sobre a memória de Rosa Parks e o seu NÃO revolucionário. E porque de fora para dentro, queremos também perpetuar a memória nacional, fomos ao Planeta Tangerina buscar uma obra que tem por base o clima  vivido em época de pré-revolução. Um trio que se completará com as leituras realizadas em família.



     Nesta obra de João Pedro Mésseder e Gabriela Sotto Mayor, assistimos a um interessante diálogo entre os diferentes imaginários de Natal, protagonizados pelo Menino Jesus e pelo Pai Natal. Sob a forma de poesia narrativa e com recurso a ilustrações que ampliam grandemente a leitura do texto verbal, esta obra reaviva memórias de Natais idos, convocando, para o mesmo cenário, imagens muito contemporâneas associadas ao Natal. Um interessante convite à reflexão, pintalgado aqui e ali por subtis notas de humor. 




     Partindo de um contexto histórico nacional bem definido (a ditadura imposta pelo estado novo), esta obra surpreende-nos pela novidade. Fugindo, de certa forma, à abordagem mais usual ao tema, que habitualmente desemboca na revolução dos cravos e num hino mais ou menos explícito à liberdade, este trabalho baseia-se na história de uma família que procura melhores condições de vida, pautada por ideais inexistentes em Portugal, em países como a Argélia, a Roménia e a Checoslováquia - cenário evocado no final da obra. A coragem de iniciar uma mudança, uma revolução é dada a ler através da imagem de uma mãe que com recurso às agulhas de tricotar transforma uma cidade monótona numa cidade colorida, arrastando consigo "toda a população": "com 3 novelos de lã (o mundo dá muitas voltas)".


   Uma história que ocorre em dois planos diegéticos distintos: avô e neto visitam o museu onde se encontra exposto o autocarro que transportava Rosa Parks no dia 1 de dezembro de 1955. O avô também viajava naquele autocarro no dia do histórico Não que veio pôr fim à segregação racial.
Com belíssimas ilustrações de Maurízio Quarelo, esta obra, recomendada pela Amnistia Internacional, perpetua memórias que, sendo tristes, não podem ser esquecidas, eterniza o impacto provocado por um ato de coragem, e leva-nos ainda a refletir sobre a importância da partilha de histórias de vida entre diferentes gerações.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Literatura Infantil e Representações da Família

Sessão 2

“No seguimento da evolução social das últimas décadas, com evidentes repercussões no universo familiar, a literatura para a infância acompanhou e refletiu as mudanças ocorridas, permitindo refletir sobre o seu relevo e impacto” (Ramos & Boo, 2012: 13).


Nesta sessão propomos uma viagem por três obras de publicação recente que tocam a temática da representação da família na Literatura para a Infância.



Começamos com um passeio ao lado de um avô muito especial, um avô que agora "tem bastante tempo": tempo para ter aulas de alemão e de pilates, tempo para fazer "piqueniques na relva", cultivar o jardim, escrever "ridículas cartas de amor", beber chá, cozinhar, ajudar os "pugs" a atravessar a rua, e ainda ir buscar o neto à escola.
Prémio Internacional Ilustração 2014, esta obra, de Catarina Sobral, aborda não apenas o lugar dos avós, mas também e sobretudo o lugar do tempo, ou do que fazemos com ele. Repensar prioridades e valorizar o importante são reflexões que o leitor é convidado a fazer, enquanto se passeia com "o meu avô" e com outras personagens que lhe vão piscando o olho a partir de uma tela de pintura ou de cinema.



Este álbum de Carla Maia de Almeida e Marta Monteiro  apresenta um conjunto de descrições / reflexões sobre as mais variadas representações da família no século XXI, recorrendo a uma analogia com os deuses da antiga mitologia greco-latina (que encontraremos sob a forma de glossário no final do livro).
A riqueza metafórica e intertextual, aliada a subtis jogos de linguagem perpassados por notas de humor, fazem desta obra um registo riquíssimo ao nível da formação do intertexto leitor.
A ilustração desempenha um importante papel complementar: apetrecha de pormenores culturais, geográficos, e até de vivências do quotidiano, as descrições apresentadas pelo texto verbal.



Grandes obras podem brotar de encontros inesperados. É o que nos conta António Mota neste inusitado dicionário que nasceu de uma viagem de comboio, a pedido de uma menina de 7 anos: “Eu gostava que fizesse um livro só para mim. Um livro que tivesse poucas palavras. Mas que essas palavras me fizessem sonhar. Eu gostava muito de ter um livro em que cada palavra contasse muitas histórias.” E assim nasceu esta obra que, a cada dupla página nos apresenta 3 palavras para cada letra do alfabeto, unidas por uma ilustração única: o resultado final é não apenas um livro para sonhar mas também um sonho de livro.