Trabalhos

Receção Leitora em ambiente Familiar
A amostra de trabalhos que aqui disponibilizamos permite-nos compreender alguns dos efeitos que a leitura literária em ambiente familiar pode ter ao nível do reforço de laços afetivos, do alargamento de práticas de literacia familiar e da construção / preservação da memória e identidade.

Trabalho realizado no âmbito do passatempo Feriados em Família, é nacional e é muito bom! (junho 2022)



Trabalhos realizados no âmbito da Fábrica de Histórias, desafio de construção narrativa lançado nas nossas páginas de facebook e instagram no outono 2021:


Esta história é
 da autoria de seis crianças, e contou, no "comando das máquinas", com a voluntária da leitura Marília Malheiro. Explicamos AQUI como foi o processo de criação desta belíssima história. 

A Biblioteca Especial

"Era uma bela tarde de outono, estava um sol brilhante, talvez fosse o Verão de S. Martinho.

No jardim do Elfo Guilherme nasceu um lindo cogumelo, que lhe servia de refúgio quando convidava o seu melhor amigo, o Coelho Celestino, para passar a tarde com ele.

O Elfo Guilherme adorava livros, todo o tipo de livros, mas aventuras com animais eram os seus preferidos.

 Então o Coelho Celestino teve uma ideia...

- Por que não construímos uma Biblioteca Especial, aqui no nosso refúgio?

E assim foi. Começaram por decorar uma caixa, que tinha chegado no dia anterior, com uma encomenda, de livros claro. Decoraram a caixa com vários recortes de livros, que o Elfo Guilherme tinha guardado há muitos anos: de cada vez que olhava para eles imaginava uma história diferente.

Depois de construírem a própria biblioteca, começaram a trazer os livros preferidos. Um de cada vez subia para cima do cogumelo para ler uma história, imaginando-se num palco e o outro em baixo aplaudia como se de uma grande plateia se tratasse. No final do “espetáculo” guardaram os livros muito organizados, por ordem alfabética, para parecer uma verdadeira biblioteca.

- Agora vamos lanchar. – disse o Elfo Guilherme.

Quando voltaram do lanche, alguém lhes tinha roubado o lindo armário, decorado a rigor, que tinham construído com tanto amor. O cogumelo que lhes servia de palco estava partido, caído no chão.

Ficaram muito tristes e começaram a recolher todos os livros, por ali espalhados. Silenciosamente aproximava-se o gato Jeremias. Quando o viram, logo descobriram quem tinha estragado a Biblioteca Especial.

O Elfo Guilherme teve uma ideia para distrair o gato. Como ele tinha muito jeito para contar histórias, pegou no seu livro preferido, O coelhinho branco, e logo o Coelho Celestino começou a dramatizar a história com gestos, começando ali uma peça de teatro.

O Gato Jeremias gostou tanto, que lhe deu um ataque de riso, como aconteceu à Cabra Cabrez e foi-se embora a rir, deixando-os em paz.

Os dois amigos gritaram:

- Vitória, os livros têm um poder mágico!!!

 E, nesse momento, olharam um para o outro e disseram ao mesmo tempo:

 Estás a pensar o mesmo que eu?... Começamos?

(Guilherme, Mariana, Vera, Vânia, Bárbara, Amalya e Marília Malheiro)

 

Trabalhos realizados no âmbito das sugestões Como tomar conta de um Capuchinho Vermelho?

Apresentamos, num especial regresso às aulas 2021, um conjunto de sugestões de abordagem ao conto popular O Capuchinho Vermelho.
A partilha que aqui deixamos aconteceu numa turma de 1º ano, do 1º CEB, em resposta à nossa ideia 1.


No texto que acompanhava estes maravilhosos trabalhos, a professora escrevia:

"Quando lhes foi lançado o desafio, em jeito de conversa, Se passasses um dia com o Capuchinho vermelho, o que farias?”, as ideias foram fluindo de forma natural e gerou-se, na sala de aula, um clima de alegria e entusiasmo ao imaginarem o que poderiam fazer com a personagem do conto. 

Desta forma consegui trabalhar todas as áreas curriculares e tentei desmistificar a ideia que as crianças têm de que o lobo é um animal mau. 

Foi muito engraçado ver, quando escrevi o título no quadro, os alunos a identificarem a vogal em estudo (i). 

O trabalho culminou com o registo das ideias numa ilustração onde havia apenas um elemento obrigatório: o capuchinho Vermelho." 



Podemos observar que boa parte das crianças levaria a menina do Capuchinho Vermelho ao parque, lugar associado à diversão e à alegria. Verificamos nos diferentes registos que a menina se diverte nos diferentes espaços do parque (imagem abaixo). 
No entanto, também podemos ver, nas imagens acima, que levar a Capuchinho à Pizzaria, à Praia e até acompanhá-la à casa da avó (provavelmente para a proteger do lobo) também fez parte das ideias desta turma de meninos recém chegados à escola.


De salientar que o conto não foi instrumentalizado ao serviço da lecionação de conteúdos. Como podemos depreender do testemunho da professora, a identificação de conteúdos em estudo aconteceu "naturalmente" quando a conversa fluía em torno da possibilidades de passar um dia com a personagem.

Trabalho realizado no âmbito da sugestão Ideias para festejar o Dia de Portugal em Família, e partilhado na nossa página de Facebook (junho 2021)




Trabalhos realizados no âmbito das sugestões do Calendário de Leituras do Advento 2020

Presépio de Chocolate

A Juliana viu nos Sonhos de Natal um convite para renovar o musgo do Presépio, e, juntando a vontade de "brincar ao Natal", que vinha já da janela 14, construiu este belo (e guloso) Presépio. Que bonito ficou!


Iguarias de Natal

Chegou o dia de fazer as Rabanadas. Sonhos de Natal de António Mota e Júlio Vanzeler ditaram a estreia do Duarte Mimoso neste ritual, obrigatório à mesa do Natal português. Que ótimo aspeto!


Abecedário de Natal com tempero de "O Amigo"

Este bonito abecedário, que é uma forma simples e divertida de brincar com as palavras, resultou da conjugação de "O Amigo" de Sophia, que espreitou da janela 23, e de uma das sugestões que deixamos para a noite de Natal, na janela 24, e é da autoria do Duarte e do Afonso.
A elaboração de abecedários e dicionários literários (temáticos) é uma atividade simples e cheia de potencialidades, que contribui para alargar o leque de práticas de literacia familiar. 


"A Estrela"

A Noite de Natal de Sophia termina com "A Estrela". Foi este o mote para a confeção desta bonita estrela, construída com recurso a materiais de desperdício, que completou a decoração da árvore de Natal em casa da família Mimoso.


Uma casa para Allumette

Caixas de fósforos que se transformam em sonhos. Assim poderíamos sintetizar a receção leitora deste belíssimo trabalho de Ungerer. Em casa da Susana Corvas, a Juliana decidiu fazer uma casa para Allumette, para que se pudesse abrigar do frio, e transformar esse objeto num sonho de Natal, abrigado na árvore. É muito interessante esta leitura: mais uma reflexão solidária movida pelos livros. Obrigada!


Fundação Coração Amigo

Outra das sugestões que acompanhava Allumette, era a criação de uma fundação (tal como fez a heroína da história). Inspirado nesta ideia, o Duarte criou a Fundação Coração Amigo, especialmente dedicada às crianças. Mais uma caixa de fósforos transformada numa ideia bem luminosa! Obrigada!


Uma árvore de Natal feita de Livros

O nosso calendário de leituras de advento transformando-se numa original árvore de Natal à qual já só falta o tronco. Integra a decoração de Natal da Família Malheiro Costa!


Uma Balada pede música!

O emblemático poema de Augusto Gil que selecionamos para saudar o inverno deixou a Juliana com vontade de o musicar...


Vamos Cantar os Reis?

A antologia que espreitava desta janela estava mesmo a pedir mais uns textos... que não se fizeram esperar. Entrevistas aos avós, aos pais e até a uma tia-bisavó resultaram nesta interessante recolha:

Os Reis cantados pelos escuteiros da freguesia (recolha do Duarte junto dos pais)

Os Reis que a tia-bisavó do Duarte cantava "quando era nova".
(Como já referimos a propósito de outros trabalhos, nestas atividades não são de valorizar as questões ligadas à ortografia)

Os Reis que a Melissa descobriu em entrevista aos seus avós maternos.

Na cozinha com Juliana. Sonhos de Natal.

Esta obra fez a nossa chef voltar à cozinha, desta vez na companhia do primo (e com muito humor à mistura), para nos apresentar uma das iguarias de Natal mais conhecidas da cozinha portuguesa.



Uma Mantinha para o Menino Jesus

A mãe diz que ficou um bocadinho aflita com a escolha dos meninos, "é a Mantinha", e lá foi pedir auxílio à madrinha para um curso rápido de crochet. Mais uma experiência ternurenta que ficará para sempre associada à leitura de uma obra onde os afetos marcam também forte presença.


O Pastor e a sua Ovelha prontos para a Festa

Não há frio e chuva que atrapalhe a família Corvas. A prová-lo está este original pastor e a sua ovelha, prontíssimos para a Festa dos Pastores. A alegria da leitura é também a alegria de brincar lá fora e de criar mundos da imaginação com "aquilo que temos à mão".



Perus Literários

Inspirados na nossa sugestão de brincar com palavras que rimam com PERU, chegaram-nos dois belíssimos perus literários.

O Peru da Melissa


O Peru do Duarte


Profissões do Natal

Em casa da família Mimoso, aguarda-se com ansiedade o abrir de cada janela do calendário... e o resultado é sempre maravilhoso. Este pasteleiro (que é uma verdadeira ternurinha) surgiu em resposta a uma das sugestões que deixamos na janela 18: Profissões do Natal. 



O Meu Romanceiro de Natal

E não é que o nosso Calendário de Advento levou à descoberta de um verdadeiro tesouro? Pertence a uma tia-bisavó do Duarte e do Afonso, e é guardado como relíquia, pois foi o seu Livro de Leitura da 3ª Classe. E foi que estes irmãos encontraram este texto:

                              


A loja de Natal do Duarte

                           



Uma meia para o Pai Natal e outra para o Menino Jesus




Um cobertor para as Renas

O Duarte que espera, ansiosamente, a abertura de cada janela do calendário, passou uma tarde de domingo bem diferente... a costurar um cobertor para a Rena Rodolfo (a sua preferida). Esta memória textil (que o Duarte encontrará sempre ao deitar) ficará sempre associada à alegria da leitura! 



Chocolate Quente: que delícia! 

Ninguém resiste a uma chávena de chocolate quente, nesta época. Por isso, esta sugestão teria obrigatoriamente que integrar o nosso Calendário de Leituras de Advento. Associar experiências gastronómicas à leitura é garantia de construção de memórias afetivas positivas ligadas ao livro. É uma das práticas de literacia familiar mais simples e divertidas, que permitem desenvolver competências diversas.
Aqui ficam alguns testemunhos:

A receita da Melissa e do Duarte (em casa da família Costa)



O momento da degustação do Duarte e do Afonso (em casa da família Mimoso)


Em casa da família Mimoso, o Duarte não resistiu a juntar ao seu chocolate quente, as Bolachinhas de Natal. Foi o pretexto ideal para voltar à janela 3 do calendário!


E um daqueles momentos que perduram na memória...


A chegada do Pai Natal

Este trabalho, elaborado pelo Duarte e pelo Afonso, com a ajuda da mamã Susana, é um dos exemplos do quanto os livros constituem um manancial de possibilidades. Inspirados na sugestões que deixamos a propósito do clássico poema de Clement C. Moore, esta família fez um extraordinário trabalho onde a imaginação marca (muitos) pontos, e onde a curiosidade e a vontade de saber também se evidencia. A brincar a partir dos livros, e recriando um cenário imaginário muito próximo das suas vivências, estes irmãos ficaram a saber muitas coisas sobre as renas e os seus hábitos! (Ah! E para sossegar aqueles mais "perfecionistas", neste género de trabalho, o que menos importa são os eventuais erros ortográficos. O que mais importa? A criatividade, a alegria de construir saber, o prazer de estar juntos!)




Um postal para surpreender a vizinha

Inspirado na obra de Maria Cecília Correia, um tesouro que fomos buscar ao baú para o nosso calendário, e nas sugestões que deixamos a propósito desta leitura, foi construído um bonito postal que irá surpreender uma vizinha um dia destes (não podemos, ainda, revelar a autoria, para não estragarmos a surpresa).




O Cavalinho de Pau do Menino Jesus

Inspirada nas sugestões em torno da obra de Manuel António Pina, em casa da família Corvas, foi montado um verdadeiro ateliê!! O resultado foi este fantástico cavalinho-marionete, que ficará, seguramente, a lembrar o Natal de 2020 e os bons momentos passados à volta das leituras de um Calendário de Advento especial.


Postais de Natal ao jeito da ilustradora

Esta sugestão, para além de permitir apurar o olhar sobre a componente pictórica do livro, permite resgatar uma prática que está a cair no esquecimento: escrever e enviar postais de Natal, com a vantagem de podermos ser nós a construí-los. Foi o que fez a Juliana! Quem vai sorrir no Natal é a madrinha e, imaginem, a Bru!! 




Foi inspirada na sugestão de leitura que espreita da janela 3 do nosso calendário que em casa da família Corvas Dias se montou uma divertida sessão de mini-chef. Não há desculpas para não cumprir o ritual das Bolachas de Natal!



Trabalhos realizados no âmbito das propostas #FiqueemCasa
(propostas que fomos apresentando ao longo do primeiro confinamento, entre março e maio 2020, num total de 15)

Andorinhas mensageiras de esperança
A partir das sugestões de leitura da obra Poemas para as quatro estações, de Catarina Correia Marques e Manuela Leitão, apresentamos três simpáticas andorinhas:

A andorinha do Lourenço

A andorinha da Beatriz

A andorinha do Duarte


A prova de que a poesia é divertida, e que é possível trabalhar autores de "gente crescida" com gente miúda.Trabalho realizado a partir do poema de Fernando Pessoa No Comboio Descendente.



Partindo das sugestões apresentadas no "dia do pai confinado", e tendo como pano de fundo a obra Pê de Pai de Isabel Minhós Martins e Bernardo Carvalho, surgiu um postal e um bolo, bem ao jeito dos autores. O pai do Duarte ficou contente!


Este original dicionário foi inspirado na obra de António Mota e Sebastião Peixoto, e foi a nossa primeira proposta #Fiqueemcasa. O trabalho é da autoria da Família Malheiro Costa.


"Eu tive dois avôs", um poema ternurento da autoria de Susana Corvas, inspirado na obra O meu Avô, de Catarina Sobral, que apresentamos em Os Relógios da Família.

E se fosses um livro? é um delicioso texto de Maria José Machado, a propósito da obra Se eu fosse um livro, de José Jorge Letria e André Letria:

"Se eu fosse um livro,
Gostaria que ele guardasse o segredo de "Como fazer o outro feliz".
Gostaria de ter na capa um girassol, uma borboleta, um coração, um bolo de chocolate e uma máquina fotográfica.
Do meu livro varria as seguintes palavras: "falta de educação" e "inércia".
Temeria a palavra "inveja".
Gostaria muito que os meus leitores fossem pessoas felizes e donos de um coração generoso.
O que gostaria de ouvir dizer de mim?
"A-DO-RO este livro. É pura animação. Muito me ri com ele já".

E gostaria que me lessem confortavelmente instalados à sombra de uma grande árvore, com vista para a minha linda Ribeira do Neiva. E claro, com algo de doce por perto."

A propósito desta partilha, em casa da Marília teve lugar uma original produção em torno da História da Carochinha, que pode ser vista AQUI. Este conto popular português parece ser muito apreciado em casa desta família, pois a Melissa até escreveu A Máscara da Carochinha!

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